Em meio a protestos, prefeito de Guarujá chega à Câmara para depor em seu processo de impeachment

Do lado de fora do Legislativo, diversos apoiadores e manifestantes acompanharam a chegada de Válter Suman

Por: Nathália de Alcantara  -  11/11/21  -  09:48
Atualizado em 11/11/21 - 12:01
 Válter Suman (PSDB) chegou no local por volta de 9h40
Válter Suman (PSDB) chegou no local por volta de 9h40   Foto: Nathalia de Alcatara/AT

O prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB), chegou na Câmara por volta das 9h40 para dar o seu depoimento à Comissão Processante que analisa o seu pedido de impeachment. Ele foi recebido por apoiadores e manifestantes que ocupavam o lado de fora do local desde cedo. No dia anterior, quarta (10), já havia pessoas com cartazes pedindo o fim da corrupção na Cidade. Esse é o depoimento mais esperado da Comissão.


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A dona de casa Maria de Oliveira Pires, de 52 anos, foi prestar solidariedade ao prefeito. "Eu conheço ele desde que me consultou há muitos anos. Ele ajudou toda a minha família, votamos nele e estamos juntos agora".



Já o aposentado Fabiano de Almeida Soares, de 74 anos, diz que não aguenta mais os escândalos de corrupção de Guarujá. "Estamos fartos e não podemos nos calar. Temos de vir, cobrar e protestar. É o nosso dinheiro, a nossa cidade".


A Guarda Municipal faz a segurança do lado de fora da Câmara, mas todas as manifestações foram pacíficas até a publicação desta matéria.


 Prefeito de Guarujá chegou por volta das 9h40
Prefeito de Guarujá chegou por volta das 9h40   Foto: Nathália de Alcantara

O caso


Válter Suman (PSDB) e o então secretário de Educação Marcelo Nicolau foram presos em flagrante, em 15 de setembro, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Nácar-19, que investiga um esquema de desvio de dinheiro na rede pública de saúde em meio ao enfrentamento da covid-19. As ações ocorreram na casa do prefeito e do secretário. Nos imóveis ligados a ambos, foram encontrados quase R$ 2 milhões em dinheiro. Três dias depois, os dois foram postos em liberdade provisória. Suman é suspeito de comandar uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 109 milhões da área da Saúde. Nicolau teria recebido vantagens indevidas nos contratos entre a Prefeitura e a Organização Social Pró-Vida, que administrava a UPA da Rodoviária e 15 unidades de Saúde da Família.


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