Câmara de Guarujá rejeita pedido de impeachment contra prefeita em exercício
Adriana Machado foi alvo de denúncia na Câmara. Apenas cinco dos 17 vereadores foram favoráveis ao pedido
Atualizado em 03/05/22 - 18:31
A Câmara de Guarujá rejeitou um pedido de abertura de processo de impeachment (para cassação de mandato) contra a prefeita em exercício do Município, Adriana Machado (PSD), na tarde desta terça-feira (3). Ela está no comando do Executivo após o prefeito Válter Suman (PSDB), investigado por desvio de recursos públicos, ser afastado pela Justiça.
A denúncia contra Adriana foi lida pelo 1º Secretário da Casa, vereador Raphael Vitiello (PSD), durante a 13ª Sessão Ordinária. O documento cita as investigações da Polícia Federal (PF) sobre crimes de corrupção que teriam ocorrido em Guarujá.
Apenas cinco dos 17 vereadores se posicionaram de forma favorável ao documento. Com a rejeição de ampla maioria, a denúncia foi arquivada.
Prefeito afastado
O arquivamento da denúncia aconteceu no mesmo dia que Válter Suman colocou tornozeleira eletrônica, cumprindo determinação judicial. Ele é investigado por supostamente liderar uma organização criminosa que atuava no desvio de recursos federais nas áreas da Saúde e Educação.
No inquérito, a PF pediu a prisão de Suman, mas a mesma foi negada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que determinou a adoção de medidas cautelares e o afastamento do cargo.
Há uma Comissão Processante aberta na Câmara dos Vereadores para analisar a possível cassação de Válter Suman. Ela é presidida pelo vereador Fernando Martins dos Santos, o Peitola (MDB), e tem como relator Carlos Eduardo Vargas da Silva (PTB).