Câmara de Guarujá abre processo para analisar pedido de impeachment contra vice-prefeita

Adriana Machado, que é médica, é acusada de dar atestado para funcionária da Prefeitura que atuava na clínica dela

Por: ATribuna.com.br  -  02/08/22  -  18:46
Atualizado em 02/08/22 - 22:04
Adriana Machado (PSD) é alvo de pedido de impeachment na Câmara de Guarujá
Adriana Machado (PSD) é alvo de pedido de impeachment na Câmara de Guarujá   Foto: Divulgação/Prefeitura de Guarujá

A Câmara dos Vereadores de Guarujá aprovou, nesta terça-feira (2), a abertura de uma comissão processante para analisar um pedido de impeachment contra a vice-prefeita Adriana Machado (PSD), que comandou o Poder Executivo durante o afastamento do prefeito Válter Suman (PSDB).


Clique, assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe centenas de benefícios!


A denúncia partiu do munícipe Kennedy Gama dos Santos. Ele alega que uma mulher nomeada por Adriana para um cargo de confiança se afastou do cargo por covid-19 com um atestado médico assinado pela vice-prefeita, que é médica.


O denunciante também aponta que a servidora, nomeada como assessora de políticas públicas, teria sido vista trabalhando na clínica médica onde a vice-prefeita atua durante o período de afastamento, que foi de cinco dias. A funcionária foi exonerada por Válter Suman após o prefeito retornar ao cargo.


O documento foi recebido na Câmara às 14h27 e lido na sessão que começaria às 15h. Por unanimidade, os vereadores aprovaram a formação de uma comissão processante para analisar a cassação de Adriana Machado.


Os vereadores Mário Lúcio da Conceição (PSB), Jailton Reis dos Santos, o Sorriso (PRTB) e Raphael Vitiello (PSD) vão analisar o pedido. Ainda não está definido quem ocupará os cargos de presidente, relator e terceiro membro da comissão.


Procurada por A Tribuna, a vice-prefeita de Guarujá disse que vai falar sobre a situação para a imprensa quando tomar conhecimento do teor da denúncia.


Período em exercício

Adriana Machado ficou por 84 dias no comando da Prefeitura de Guarujá, entre os dias 29 de março e 20 de junho. Nesse período, o prefeito Válter Suman esteve afastado por decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).


O afastamento se deu após inquérito da Polícia Federal (PF) em que Suman foi apontado como chefe de uma organização criminosa responsável por desvio de dinheiro público nas áreas da Saúde e Educação.


No período em que ficou a frente da Prefeitura de Guarujá, Adriana Machado promoveu mudanças na estrutura administrativa. Uma das principais medidas foi a adoção do modelo de pregão eletrônico para a realização de licitações.


Logo A Tribuna