Bebê de quatro dias tem pé queimado após medicação escapar em hospital de Guarujá: 'Bolha enorme'

Em nota, a unidade de saúde conta que tomou as medidas necessárias após o acidente e disponibilizou serviço especializado em curativos

Por: Carlos da Hora  -  05/12/20  -  10:41
  Foto: Arquivo Pessoal/Ewellyn Veneziano

Com quatro dias de vida, a pequena Nicolly acabou sofrendo uma queimadura no pé depois do acesso intravenoso escapar e feri-la no Hospital Guarujá. A mãe, Ewellyn Veneziano dos Santos, contou que notou a lesão apenas na manhã seguinte ao acidente. 


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Em conversa com ATribuna.com.br, a mulher de 32 anos conta que sua bebê nasceu no último dia 17, por meio de uma cesárea. "Ela nasceu saudável com cerca de 4kg, mesmo assim ficamos no repouso após a operação". Contudo, o tempo de Nicolly no hospital precisou ser estendido por conta de uma infecção.


Nas primeiras horas de 20 de novembro, o acesso intravenoso que estava no pé da recém-nascida escapou e acabou queimando a pele da menina após a medicação vazar. A mãe conta que isso acabou causando uma grave ferida. 


Ferida foi tratada com sessões de laserterapia
Ferida foi tratada com sessões de laserterapia   Foto: Arquivo Pessoa/Ewellyn Veneziano

"No dia 21, de manhã, eu peguei minha filha para amamentar e vi uma bolha enorme no pé dela. Já comecei a chorar", contou Ewellyn. No mesmo dia, uma médica pediatra estourou a bolha formada por conta da queimadura. 


A mãe de Nicolly contou que logo recebeu alta, mas a filha não. Ainda assim, preferiu levá-la para casa. "Quando eu estava lá já aconteceu isso, não quero nem pensar no que poderia acontecer comigo longe", disse. Agora, desde segunda-feira (30), a recém-nascida é acompanhada por sessões à domicílio. 


Confira a nota na íntegra do hospital sobre o assunto:


"Paciente EPV deu entrada para parto cesárea de urgência em nosso hospital no dia 17/11/2020.


Ao nascer, a criança apresentou infecção grave transmitida pela progenitora, tendo sido necessária admissão do RN na UTI neo natal para competente tratamento.


Ao longo do período de internação, e após agitação do RN, ocorreu a perda do acesso venoso, tendo sido extravasados o soro e medicamentos no tecido adjacente, provocando lesão dos mesmos.


De imediato, o hospital tomou as medidas necessárias e disponibilizou serviço especializado em curativos (estomaterapia), inclusive com aplicações diárias de laserterapia para recuperação plena dos ferimentos.


A criança permaneceu internada até o fim do ciclo do medicamento, tendo recebido alta hospitalar em 30/11/20, com todas as orientações e curativos programados diariamente realizados pela mesma equipe de enfermagem especializada em curativos (estomaterapeuta) em ambiente domiciliar.


Os curativos disponibilizados pelo hospital são os mais atuais e eficientes disponíveis na prática médica para tratamento e fechamento das feridas.


Após a alta, foi solicitado à mãe que os curativos fossem realizados diariamente no hospital. Diante da recusa da mesma para tal, e havendo condições clínicas, optou-se pelo acompanhamento domiciliar diário pela equipe especializada em curativos, com todos os medicamentos, materiais, equipamentos e profissionais custeados exclusivamente pelo hospital.


Não deixamos em momento algum, tanto a mãe quanto a criança, sem pronta assistência necessária".


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