Bate-boca marca 1º depoimento em comissão que analisa impeachment do prefeito de Guarujá

Presidente do PDT, José Manoel Ferreira Gonçalves, foi ouvido pelos vereadores na Câmara

Por: Nathália de Alcantara  -  03/11/21  -  17:37
 Vereadores se reuniram na manhã desta quarta-feira (3) para tomar depoimento.
Vereadores se reuniram na manhã desta quarta-feira (3) para tomar depoimento.   Foto: Nathália de Alcantara/AT

Os nervos à flor da pele marcaram, nesta quarta-feira (3), o primeiro depoimento tomado pela Comissão Processante da Câmara de Guarujá que analisa o pedido de impeachment do prefeito Válter Suman (PSDB). Os vereadores ouviram o presidente do diretório municipal do Partido Democrático Trabalhista (PDT) da Cidade, José Manoel Ferreira Gonçalves, autor do pedido de afastamento do chefe do Executivo.


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Com o plenário da Casa Legislativa cheio, pessoas que foram à Câmara para manifestar apoio ao prefeito se exaltaram em diversos momentos do depoimento e chegaram a discutir com quem levou cartazes cobrando respostas sobre o caso. A Guarda Civil Municipal teve de ser chamada, mas ninguém chegou a ser retirado do local.


Gonçalves foi hostilizado durante a maior parte de seu depoimento pela maioria do público que ocupava o plenário. O presidente da Comissão Processante, Fernando Martins dos Santos, o Peitola (MDB), apenas pediu silêncio.


Além de Peitola, os também vereadores Edmar Lima dos Santos, o Juninho Eroso (PP), e Sirana Bosonkian (PTB) fizeram diversas perguntas a José Manoel, inclusive se ele tem autorização do partido para ter protocolado a denúncia e se existe interesse em se candidatar a algum cargo político em breve.


"Recebi todo o apoio para estar aqui, mas faço isso, acima de tudo, como cidadão que acredita na política e na Justiça. Os fatos estão aí e nada muda isso. Se serei candidato ou não, terei todo o direito de fazer isso quando achar que devo", rebateu o dirigente do PDT.


Histórico... A Comissão foi aberta após denúncias contra Suman, investigado por supostamente comandar uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 109 milhões da saúde pública.


Ele foi preso pela Polícia Federal (PF) em 15 de setembro e solto três dias depois, por decisão da Justiça, ao lado do ex-secretário de Educação da Cidade, Marcelo Nicolau. Suman retornou ao cargo em 20 de setembro. Já Nicolau acabou exonerado, por ordem da Justiça.


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