Bala de canhão com mais de 300 anos é achada em Fortaleza Barra Grande

Estima-se que o artefato seja do século 18 ou 19 devido a sua propriedade de bala de canhão de alma lisa. Peça estará exposta na fortaleza e poderá ser observada ainda neste mês, quando o espaço for reaberto

Por: Nathália de Alcantara  -  03/10/20  -  12:17
Peça estará exposta na fortaleza e poderá ser observada neste mês, quando o espaço for reaberto
Peça estará exposta na fortaleza e poderá ser observada neste mês, quando o espaço for reaberto   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Uma bala de canhão foi encontrada na manhã de quinta-feira (1), na Fortaleza da Barra Grande, em Santa Cruz dos Navegantes, por uma monitora que pintava as muralhas dos pavilhões.A peça estará exposta no local e poderá ser vista ainda neste mês, com a reabertura da fortaleza.


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O arquiteto do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Victor Hugo Mori, afirma que é preciso analisar a posição em que a bala foi encontrada e suas dimensões.  Segundo ele, não é possível saber a data exata do artefato, mas estima-se que seja do século 18 ou 19 devido a sua propriedade de bala de canhão de alma lisa, um tipo de armamento usado no Brasil durante aquele período.


Especialistas estimam que o artefato encontrado seja do século 18 ou 19
Especialistas estimam que o artefato encontrado seja do século 18 ou 19   Foto: Alexsander Ferraz/AT

“A bala serve como uma relíquia, mas não diz nada do ponto de vista arqueológico e histórico. Ela é só uma bala de canhão, sem data e sem história”, explica Victor Hugo.


Ele diz que o achado estava nas pedras, bem na superfície, ou seja, em uma camada mais recente. “Sabemos que nenhum pirata atirou essa bala, então, ela é do próprio local. O valor que tem é simbólico. Existem outras balas como essa, não é o primeiro caso”, considera o arquiteto.


De acordo com a diretora de Patrimônio da Fortaleza da Barra Grande, Michelli Cicconi, há diversas suposições a respeito da origem da bala e de quanto a idade do artefato. “Ela tem, no mínimo, 100 anos, conforme foi precisado por um arquiteto no local. É algo de grande importância, pois chama a atenção para o local e desperta a curiosidade das pessoas”.


Michelli lembra que a fortaleza guarda história e convida as pessoas a visitarem o local assim que as portas forem reabertas. “A fortaleza servia para nos defender, os canhões eram usados de verdade. A história que esse local guarda é muito rica, e todos deveriam conhecê-la”, convida.


 


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