Após operação da PF, prefeita em exercício de Guarujá afasta secretário de Meio Ambiente
Saída de Sidnei Aranha foi oficializada por Adriana Machado (PSD), que substitui Válter Suman
Atualizado em 31/03/22 - 14:54
![Sidnei Aranha foi afastado temporariamente do cargo de secretário de Meio Ambiente de Guarujá](http://atribuna.inf.br/storage/Cidades/Guarujá/censurado3723804211377.webp)
O secretário de Meio Ambiente de Guarujá, Sidnei Aranha, foi afastado temporariamente do cargo. Ele é um dos alvos da Operação Nácar-19, da Polícia Federal (PF), que investiga um suposto esquema de fraudes em contratações na Prefeitura para as áreas da Saúde e da Educação. A prefeita em exercício, Adriana Machado (PSD), já nomeou um novo nome para o cargo nesta quinta-feira (31).
Conforme despacho no Diário Oficial de Guarujá desta quinta-feira, Ricardo de Sousa foi nomeado secretário interino. Anteriormente, ele era secretário-adjunto da pasta. Na mesma publicação, a prefeita em exercício afastou quatro servidores da Administração Municipal, cumprindo decisão judicial do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).
As quatro pessoas têm ligação no esquema criminoso investigado pela PF. Além disso, Adriana exonerou dois funcionários ligados à Secretaria do Meio Ambiente de Guarujá, fazendo a nomeação dos respectivos substitutos.
Em nota, a Prefeitura de Guarujá informou que permanece seguindo todas as ordens judiciais protocoladas por conta da segunda fase da Operação Nacar da Polícia Federal.
A Administração Municipal disse que mantém o sigilo de demais informações envolvendo os servidores afastados temporariamente, no sentido de preservar o andamento da operação, que ocorre em segredo de Justiça.
Por fim, segundo a Prefeitura, Adriana Machado continua despachando em seu gabinete, assim cumprido sua agenda de atividades administrativas.
Prefeito afastado
O prefeito Válter Suman (PSDB) foi afastado do cargo após ser alvo da segunda fase da Operação Nacar, da Polícia Federal, que apura desvios de dinheiro nas áreas da Saúde e Educação do município.
![Suman já chegou a ser preso, e agora foi afastado do cargo de prefeito](http://atribuna.inf.br/storage/Cidades/Guarujá/censurado2053675911547.webp)
Durante as incursões da segunda fase da operação, agentes da Polícia Federal estiveram no apartamento onde mora Suman com a esposa, na praia de Pitangueiras. O prefeito e a primeira-dama não estavam no imóvel.
Somente em Guarujá, a PF cumpriu um total de 31 mandados de busca e apreensão em endereços, incluindo prédios públicos, como a Prefeitura e a Câmara Municipal.
A segunda fase da operação aconteceu em sete cidades de São Paulo (Guarujá, Santos, São Vicente, São Bernardo do Campo, Carapicuíba, São Paulo e Campos do Jordão) e uma de Minas Gerais (Brazópolis). Entre os itens bloqueados a pedido da Justiça Federal estão carros de luxo, documentos e dinheiro em espécie.
Primeira fase
Válter Suman foi preso em 15 de setembro de 2021, na primeira fase da operação. Ele ficou custodiado por três dias e foi solto devido a uma determinação judicial. Na ocasião, o então secretário municipal de Educação, Marcelo Nicolau, também foi detido. Ambos estão envolvidos em um esquema criminoso, segundo as autoridades.
As ações da PF, que aconteceram em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU), apuram possíveis desvios de dinheiro público em contratos de licitação, intermediados por organizações sociais