Após operação da PF, prefeita em exercício de Guarujá afasta secretário de Meio Ambiente

Saída de Sidnei Aranha foi oficializada por Adriana Machado (PSD), que substitui Válter Suman

Por: ATribuna.com.br  -  31/03/22  -  14:35
Atualizado em 31/03/22 - 14:54
Sidnei Aranha foi afastado temporariamente do cargo de secretário de Meio Ambiente de Guarujá
Sidnei Aranha foi afastado temporariamente do cargo de secretário de Meio Ambiente de Guarujá   Foto: Reprodução/Instagram

O secretário de Meio Ambiente de Guarujá, Sidnei Aranha, foi afastado temporariamente do cargo. Ele é um dos alvos da Operação Nácar-19, da Polícia Federal (PF), que investiga um suposto esquema de fraudes em contratações na Prefeitura para as áreas da Saúde e da Educação. A prefeita em exercício, Adriana Machado (PSD), já nomeou um novo nome para o cargo nesta quinta-feira (31).


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Conforme despacho no Diário Oficial de Guarujá desta quinta-feira, Ricardo de Sousa foi nomeado secretário interino. Anteriormente, ele era secretário-adjunto da pasta. Na mesma publicação, a prefeita em exercício afastou quatro servidores da Administração Municipal, cumprindo decisão judicial do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).


As quatro pessoas têm ligação no esquema criminoso investigado pela PF. Além disso, Adriana exonerou dois funcionários ligados à Secretaria do Meio Ambiente de Guarujá, fazendo a nomeação dos respectivos substitutos.


Em nota, a Prefeitura de Guarujá informou que permanece seguindo todas as ordens judiciais protocoladas por conta da segunda fase da Operação Nacar da Polícia Federal.


A Administração Municipal disse que mantém o sigilo de demais informações envolvendo os servidores afastados temporariamente, no sentido de preservar o andamento da operação, que ocorre em segredo de Justiça.


Por fim, segundo a Prefeitura, Adriana Machado continua despachando em seu gabinete, assim cumprido sua agenda de atividades administrativas.


Prefeito afastado
O prefeito Válter Suman (PSDB) foi afastado do cargo após ser alvo da segunda fase da Operação Nacar, da Polícia Federal, que apura desvios de dinheiro nas áreas da Saúde e Educação do município.


Suman já chegou a ser preso, e agora foi afastado do cargo de prefeito
Suman já chegou a ser preso, e agora foi afastado do cargo de prefeito   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Durante as incursões da segunda fase da operação, agentes da Polícia Federal estiveram no apartamento onde mora Suman com a esposa, na praia de Pitangueiras. O prefeito e a primeira-dama não estavam no imóvel.


Somente em Guarujá, a PF cumpriu um total de 31 mandados de busca e apreensão em endereços, incluindo prédios públicos, como a Prefeitura e a Câmara Municipal.


A segunda fase da operação aconteceu em sete cidades de São Paulo (Guarujá, Santos, São Vicente, São Bernardo do Campo, Carapicuíba, São Paulo e Campos do Jordão) e uma de Minas Gerais (Brazópolis). Entre os itens bloqueados a pedido da Justiça Federal estão carros de luxo, documentos e dinheiro em espécie.


Primeira fase
Válter Suman foi preso em 15 de setembro de 2021, na primeira fase da operação. Ele ficou custodiado por três dias e foi solto devido a uma determinação judicial. Na ocasião, o então secretário municipal de Educação, Marcelo Nicolau, também foi detido. Ambos estão envolvidos em um esquema criminoso, segundo as autoridades.


As ações da PF, que aconteceram em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU), apuram possíveis desvios de dinheiro público em contratos de licitação, intermediados por organizações sociais


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