Uso de máscara contribui para Baixada Santista zerar casos de sarampo em 2021

A Baixada Santista ainda não registrou casos de sarampo em 2021, conforme apurado por A Tribuna junto às prefeituras. Segundo especialistas, o uso de máscaras para evitar a disseminação da covid-19 contribuiu para a queda dos casos, já observada entre 2019 e 2020, período em que as ocorrências caíram 66,1%, de 446 para 151.

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“(A máscara) ajuda porque a transmissão (do sarampo) é por gotículas, assim como a covid”, ressalta a médica infectologista Elisabeth Dotti.

Itanhaém apresentou a queda mais expressiva no número de infectados, entre 2019 e 2020, caiu de 18 para um caso no ano passado, uma redução de 94%. Em segundo lugar aparece Praia Grande, com uma diminuição de 90% das ocorrências, passou de 131 para 13 registros.

Bertioga foi a única cidade com alta de casos entre os dois últimos anos, saltou de 8 para 33 infectados - aumento de 150%.

Zerada desde 2020
Peruíbe não tem pacientes de sarampo desde o ano passado. A secretária de Saúde, Ana Paula Cardoso Lopes, concorda com a infectologista Elisabeth Dotti ao informar que as máscaras ajudam a diminuir a disseminação do vírus.

A secretária ressalta, no entanto, outro fator considerado fundamental: a campanha de vacinação contra o sarampo. "O mais importante foi cobertura vacinal, que chegou a 96% na população adulta. Até aumentamos o número de postos de vacinação de quatro para cinco. Também investimos em pontos volantes para as áreas mais remotas da cidade, como Guaraú e Juréia”, disse.

Subnotificações
Elisabeth alerta que a falta de registros de sarampo pode estar atrelada a uma subnotificação dos casos. “Todo mundo focou na covid e as outras doenças ficaram para trás. É difícil afirmar que realmente não há casos confirmados. O problema é a notificação".

Sintomas
Os sintomas do sarampo geralmente aparecem duas semanas após a infecção. Os pacientes apresentam um quadro de tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e irritação na pele com manchas vermelhas.