Ufólogo explica 'OVNIs' na Baixada Santista e conta própria experiência: 'Tentativa de abdução'

Especialista fala sobre 'lixo espacial' em Santos e novo fenômeno em Peruíbe; veja como a investigação de OVNI é feita

Por: Natalia Cuqui  -  20/06/21  -  08:17
     Estima-se que 40% dos relatos de objetos voadores não identificados no estado de São Paulo venham de Peruíbe.
Estima-se que 40% dos relatos de objetos voadores não identificados no estado de São Paulo venham de Peruíbe.   Foto: Reprodução/Facebook/Renato Fluch

A cidade de Peruíbe é conhecida como a capital do turismo ufológico no Brasil. Isso significa que pessoas vem de todo o país e até do mundo para observar fenômenos voadores não identificados. Desde o último dia 12, aconteceram na Baixada Santista dois casos: um suposto 'lixo espacial' que caiu no quintal de uma moradora de Santos, e também um 'OVNI' que foi avistado em Peruíbe na noite da última segunda-feira (14).


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O ufólogo Ademar José Gevaerd, que também é editor da revista UFO, conversou com A Tribuna sobre suas experiências e explicou como funciona a investigação de um objeto voador não identificado. Segundo ele, a cidade de Peruíbe, em especial o Costão e o Grajaú, são favoráveis para os avistamentos por conta da pouca iluminação em comparação com outros pontos do município. Ele próprio, com apoio de autoridades e moradores, cravou Peruíbe como Capital Brasileira dos UFOs.


"Esses lugares com baixa luminosidade ajudam porque os OVNIs contrastam com o escuro do céu. Vou a Peruíbe há mais de 12 anos, a prefeitura me convida sempre para organizar os eventos ufológicos. Peruíbe atrai mesmo as pessoas para ver UFOs, os registros são muito numerosos, como o pouso de um UFO no bairro São José e o avistamento na estrada que vai para o Grajaú. A Reserva Florestal de Itatins também tem vários avistamentos, por conta das condições de visibilidade noturna".


   Estima-se que 40% dos relatos de objetos voadores não identificados no estado de São Paulo venham de Peruíbe
Estima-se que 40% dos relatos de objetos voadores não identificados no estado de São Paulo venham de Peruíbe   Foto: Unsplash

Gevaerd ressalta, porém, que alguns fenômenos são mais facilmente explicáveis, porque Peruíbe também faz parte da rota onde aviões, que geralmente vem de Porto Alegre para São Paulo, fazem as curvas. "Muita gente que vê luzes na verdade está vendo aviões, mas isso não denigre os avistamentos reais de UFOs".


A primeira experiência do ufólogo aconteceu nos Estados Unidos, no deserto do estado de Nevada, após uma palestra em um congresso. Ele contou que estava com mais três pessoas em um carro quando notou que estava sendo seguido por uma luz muito forte.


"Era uma luz muito forte, que praticamente não deixava o carro acelerar. Nós quatro fomos tomados por um sono muito forte, eu acredito que essa tenha sido uma tentativa de abdução. Em 1997, eu morei em Campo Grande, e durante uma visita com uma emissora de televisão, surgiu uma luz do tamanho da Lua, que andou de uma ponta a outra do horizonte no final da tarde. Fomos agraciados com um avistamento enquanto íamos a uma missão ufológica. É muito difícil você não conhecer alguém que não tenha visto alguma coisa".


  Objeto foi registrado pela moradora na noite do último sábado (12); ela acredita que seja lixo espacial
Objeto foi registrado pela moradora na noite do último sábado (12); ela acredita que seja lixo espacial   Foto: Arquivo Pessoal/Meryann Tinoco

Quanto ao episódio do lixo espacial no quintal da moradora de Santos (foto acima), ele acredita que a peça pode ter sido de algum avião, pois não marcou a sociedade ufológica. Segundo Gevaerd, os casos mais pertinentes são as quedas de objetos ou discos voadores, automóveis perseguidos por UFOs, casos de pousos e os mais raros: avistamento de tripulantes. "Isso já aconteceu em Peruíbe, já publiquei vários arquivos sobre esses casos. Já foram vistos tripulantes dessas naves, que saem para fazer alguma atividade", explicou.


O pesquisador Marco Aurélio Leal participa dos eventos ufológicos desde o final dos anos 90: "O último caso grande que fomos observar foi o suposto pouso no bairro do São José em 2017, que na verdade teria pairado no ar, afetando a vegetação local". Ele contou que moradores relataram um blecaute durante a noite, e a vegetação marcada foi vista na manhã seguinte.


Peruíbe é a cidade com maior número de registros de avistamentos de objetos voadores não identificados. A região da Jureia concentra 40% dos relatos de todo o Estado de São Paulo. Anualmente, são realizados encontros entre os entusiastas e especialistas do tema. Além disso, roteiros turísticos que passam por locais propícios a avistamentos atraem pessoas de todas as partes do país ao município.


     O suposto pouso de um disco voador intrigou moradores do bairro São José, em Peruíbe, no ano de 2017.
O suposto pouso de um disco voador intrigou moradores do bairro São José, em Peruíbe, no ano de 2017.   Foto: Arquivo Pessoal/Ademar Gevaerd

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