Trabalho, lazer ou esporte: há uma bicicleta para cada uso

Saiba escolher o modelo e o tipo que melhor se adaptam às suas necessidades – pelo menor preço

Por: Sheila Almeida & Da Redação &  -  24/07/19  -  01:38
Preço não é sinônimo de qualidade: um item mais caro pode não atender às necessidades de quem compra
Preço não é sinônimo de qualidade: um item mais caro pode não atender às necessidades de quem compra   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Andar sobre duas rodas é mais que se transportar. Com tanta opção, a escolha virou questão de estilo. Tem magrela tipo beach bike, street, retrô, mountain bike e as híbridas – combinações que satisfazem qualquer cliente – aumentando o trabalho na escolha, mas adequando necessidade e poder de compra.


Quem trabalha no ramo ou já pedalou muito pela vida, ensina: preço não é sinônimo de qualidade. Até porque, a melhor bicicleta sempre depende do uso de cada um, como explica Jonathan dos Santos Martins, gerente responsável pela Bike Tour Ciclo Peças. 


“Quando o cliente chega, o que perguntamos é qual será o uso da bicicleta: só para passeio? Com que frequência? Para ir trabalhar todo dia? Qual o tipo de percurso? Vai dormir na chuva? Porque tem bicicleta de andar pela praia, até as de competição”, explica.


Não é só o preço e aparência que mudam. Então, uma das dicas é aliar a escolha aos cuidados com a segurança. Ou seja, o equipamento precisa atender necessidades relacionadas a tipo de freio, material do quadro, mas o quanto menos chamar a atenção, às vezes, melhor – aponta José Lenício, de 57 anos, caminhoneiro santista que escolhia uma bike nova nesta segunda-feira (22). 


“Eu, por exemplo, vou usar a bicicleta em um percurso de cerca de 500 metros para ir e 500 metros para voltar, levando documentos do caminhão até empresas do Porto, quando o trânsito apertar. Vou prender a magrela na carreta, então tem que ser boa para aguentar o tempo e a rua, mas chamar o menos atenção possível”, explica ele, que nas horas vagas passeia com a Caloi 1975 de estimação. 


Preço salgado


Quem pensa parecido quanto a segurança é Claudio Luiz Firmino, de 50 anos, gerente de TI. Ele estava tentando escolher uma bike com amortecedores, pelo conforto, ontem, mas ao ver o preço, acima de R$ 2 mil, ficou receoso. “Não por pagar, mas é que aumenta o risco de assalto. Estou procurando um meio termo”. 


O ex-triatleta Paulo Miyashiro, sócio proprietário da Sub8 Coffee & Ride com o também ex-atleta Fábio Carvalho, dá outra dica: investir um pouco mais nas bicicletas de aço caso o ciclista não tenha tempo de lavar e secar a cada uso ou tenha que deixar a bike num lugar aberto.


“Melhor investir no material que não enferruja. Em média, é o dobro do preço, mas é um bom investimento, principalmente na região que é litorânea”, diz. 


Pneus


O gerente da Bike Tour lembra que observar os pneus é indispensável também na compra. Há tipos indicados para asfalto e outros, para dar mais estabilidade na terra. O tamanho do aro também conta, de acordo com a estatura de quem vai pedalar.


“Para adulto, no mínimo tem que ser aro 26. Aí, é mesclar com tamanho do quadro, tipo de guidão, para garantir que a pessoa não vá bater os joelhos nem ficar distante, com a postura desconfortável. O melhor é subir na bike e testar”, conta ele.


Myashiro também lembra dos equipamentos de segurança, principalmente a quem vai aprender. A quem for iniciar de forma competitiva, é indispensável luva e óculos escuros, por exemplo. A quem está aprendendo, um capacete, joelheiras e cotoveleiras são indicadas.


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