Segundo semestre é visto com otimismo por comércios e hotéis da Baixada Santista
Com processo de retomada consolidado, setores projetam mais avanços com eventos e Copa do Mundo
![Após um primeiro semestre considerado bom pelos comerciantes, perspectiva é ainda melhor para o resto do ano](http://atribuna.inf.br/storage/Cidades/Geral/img1558770710417.webp)
Depois de dois anos de mar revolto, por conta da pandemia, os segmentos do comércio, hotéis, bares e restaurantes navegam em águas mais tranquilas. Após um primeiro semestre considerado bom, as perspectivas para os próximos seis meses não são diferentes. Há razões para acreditar nisso, e uma delas está no Catar: a Copa do Mundo que, este ano, será entre novembro e dezembro.
Seja na união para torcer pelo Brasil em bares, ou mesmo na aquisição de um televisor novo para acompanhar o Mundial, a busca da Seleção pelo hexa deverá fazer bem às contas dos estabelecimentos.
“Infelizmente, não está na nossa mão fazer muita coisa. Sempre contamos com as prefeituras para que façam eventos, que são a verdadeira solução. Recentemente, tivemos em Guarujá o Conexidades, que movimentou a cidade praticamente a semana toda. Está provado que qualquer tipo de evento, seja de entretenimento, de negócios ou de agentes públicos, mexe com a atividade dos bares, restaurantes e hotéis”.
“A gente está com um inverno bom este ano, e isso ajuda, assim como as Festas Juninas, que se estendem até julho”, conta. Nesse contexto, o hexa seria a cereja no bolo de um semestre promissor.
![Setor hoteleiro registrou crescimento em comparação a 2021 e espera atingir patamar de 2019](http://atribuna.inf.br/storage/Cidades/Geral/img1180830812729.webp)
Eleições
Os representantes do SinHoRes e do Sincomércio lembraram de um elemento em comum: a expectativa pelo resultado das eleições, seja qual for o resultado. A incerteza sobre os rumos da economia pode frear ímpetos consumistas. “Enquanto o resultado não se resolver em outubro, tudo diminui um pouco. As pessoas ficam apreensivas em investir, com seus empregos e, portanto, mais suscetíveis a não gastar”, pondera Heitor Gonzalez.
Omar Assaf, contudo, vê no pleito uma chance de geração de empregos. “É um ano eleitoral, apesar de todo o acirramento da campanha. Mas ele é bom porque gera muito dinheiro. Esses recursos voltam para Cidade, porque geram emprego e movimentam a economia”.
“Comparando com o ano passado, foi uma maravilha. Depois de dois anos de pandemia, a gente teve um semestre sem grandes oscilações ou medo de fechar as portas. A gente fala em 7% a menos de faturamento, na média, do que primeiro semestre de 2019. No ano passado, havia restrições de mesas e até lockdown em um período. Fica até complicado comparar”, diz Heitor Gonzalez, do SinHoRes.
Segundo ele, os números poderiam até ser melhores, caso houvesse uma atualização dos preços. “Se a gente tivesse mexido em preços, poderia ter faturado a mesma coisa que em 2019. Em termos de púbico, tivemos a mesma coisa. Mas, em faturamento, ficou um pouco aquém. Existe um receio muito grande de acertar os preços. Vamos fazer um estudo nesse sentido, para ajudar os empresários a terem uma precificação mais acertada”, aponta.
Omar Assaf, do Sincomércio, também mostra um cenário positivo do setor. Os números do primeiro trimestre reforçam uma tendência de crescimento, que deve ser confirmada nos próximos dias.
“Tivemos algumas variações de preço como o combustível, que impactam também no comércio. Mas o saldo foi positivo e isso se estenderá para o segundo semestre. Até mesmo as contratações, em muitos casos, devem ser feitas já a partir de outubro”, sinaliza Assaf.