Santa Casa de Santos promete quitar dívida milionária com médicos
Instituição vai pagar honorários e contratos em atraso, afirma diretor
A diretoria da Santa Casa de Santos promete quitar dívidas com médicos, de aproximadamente R$ 9 milhões, até 2022. A garantia é do diretor-superintendente do hospital, Augusto Capodicasa. Segundo ele, honorários de consultas e procedimentos, que somam quase R$ 2 milhões, serão pagos ainda este mês.
O restante se refere a contratos médicos e será parcelado, explica o diretor. Porém, ele afirma que 90% do valor estarão pagos até o final de 2021. “Um ou outro serviço que o valor é muito maior conseguimos compor para pagar em mais vezes”, diz.
“Alguns médicos, além dos valores de procedimentos, têm contratos fixos: anestesia, equipe do trauma, serviços muito grandes a gente paga um valor mensal, uma contratualização. E alguns médicos que atendem SUS a gente também faz completação com valor fixo”, frisa Capodicasa.
Segundo ele, os valores estavam em abertos quando a atual gestão da Santa Casa assumiu, em 2016. “São de 2013 a 2015. Em 2015 praticamente não foram pagos o ano inteiro. Conseguimos entrar numa estrutura administrativa adequada, com equilíbrio financeiro e começamos a desenhar uma maneira de eliminar o pagamento desses valores”, afirma o diretor.
Capodicasa, explica que o pagamento será feito com recursos próprios, sem necessidade de empréstimo bancário. E ressalta que está falando sobre “honorários que estão lançados na nossa contabilidade. Eventualmente algum médico pode aparecer com uma conta, aí a gente vai ver”.
Outras dívidas
Quando a atual gestão assumiu, as dívidas totais da Santa Casa, incluindo bancos e fornecedores, estavam em R$ 400 milhões. Questionado sobre o valor atual, Capodicasa afirmou não ter os números em mãos. Disse era necessário fazer uma análise detalhada do balanço financeiro.
“Nesse período de cinco anos a gente vem diminuindo o passivo da instituição. Toda a parte de bancos foi equacionada. Estamos pagando empréstimo da Caixa, apesar de estarmos discutindo na Justiça o contrato. Só para a Caixa pagamos mais de R$ 70 milhões. As dívidas com fornecedores a gente vem liquidando, fazendo acordos com aqueles que se colocam a disposição para dar um desconto, renegociar”.
