Queda no preço do gás não chega à Baixada Santista
Quem utiliza botijão de gás em casa pode acabar não sentindo a redução anunciada pela Petrobras
Apesar de anunciada, a redução média de 8,16% no preço do gás de cozinha pela Petrobras ainda não chegou ao bolso do consumidor da região. É possível, inclusive, que a baixa não chegue ao cliente final, devido aos aumentos anteriores e dependendo do desconto que distribuidoras repassarão.
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) afirma ter sido comunicado da baixa. No preço do GLP residencial, a oscilação seria entre 6,5% e 12%. Já no produto empresarial, de 11% a 17%, dependendo do polo de suprimento.
Apesar de o sindicato não comentar sobre preços, disse, informalmente, que a redução passa a valer para as distribuidoras.
Guilherme Nogueira, sócio proprietário da Toca d’Água, empresa que vende gás de cozinha de todas as marcas em Santos, explica que não há previsão de baixa, pelo menos até realmente haver queda no custo da compra do botijão.
“Dois clientes me cobraram isso, mas pedi desculpas porque eu nem estava sabendo. Aliás, acho que a tendência é segurar o preço, porque de janeiro para cá tiveram três reajustes e não repassamos nenhum deles ao público”.
Segundo o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de 28 de julho a 3 de agosto, a média de preço de venda em Santos é de R$ 74,94. A variação vai de R$ 65,00 a R$ 86,10. Lojistas compram de R$ 52,17 a R$ 66,00.
O ágio praticado pela Petrobras está em cerca de 31% em relação ao preço do mercado internacional. Na avaliação do Sindigás, isso pressiona os custos, impactando não só casas, como empresas.
