Profissionais do Litoral de São Paulo dão dicas para aliviar a ansiedade
Tratar o transtorno pode ou não exigir medicamentos e só um profissional deve prescrevê-los
A ansiedade é considerada o mal deste século. Segundo dados de 2019 da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo e um dos que mais têm casos de depressão. Muitos são os motivos para o transtorno ganhar esse título. Há sintomas, porém, que indicam quando é necessário buscar tratamento com remédios.
Ela cita o exemplo de uma pessoa que fica ansiosa antes de realizar uma prova importante. Nesse caso, a ansiedade a ajuda a se movimentar e estudar para a prova. Porém, quando a ansiedade paralisa mais do que movimenta e os medos são mais ligados ao imaginário do que à realidade, é preciso ficar atento.
“A ansiedade se torna um problema quando traz prejuízos significativos para a vida da pessoa, como baixa qualidade do sono, queda no desempenho em tarefas e na concentração. Geralmente, o psicólogo trabalha com a história de vida de cada um, porque a ansiedade pode estar presente em vários aspectos da vida e as causas costumam ser multifatoriais”. Os avanços tecnológicos, segundo a psicóloga, podem contribuir para que o distúrbio seja considerado o mal do século, pois as pessoas estão quase 100% do tempo conectadas a aparelhos eletrônicos. “É normal escutar alguém dizer: ‘Queria que meu dia tivesse mais de 24 horas’. Isso mostra o quanto precisamos repensar nossos hábitos e dialogar sobre qualidade de vida”.
É importante atentar aos sinais de que é o momento de buscar ajuda: quando a ansiedade paralisa, gera um grande fluxo de pensamentos negativos e causa prejuízos na vida social, no sono, na concentração e na disposição. Jéssica aponta, também, sintomas físicos: sudorese, tremores, falta de ar e sufocamento, desconforto abdominal, tensão muscular, tontura e sensação de medo intenso de perder o controle.
O também psiquiatra Sidney Gaspar pontua que a descarga de cortisol gerada pela crise de ansiedade agride o corpo, especialmente cérebro, coração e rins, mais do que os remédios.
“As pessoas podem ficar dependentes da agressão do cortisol a vida inteira. Quem tem propensão a ter um quadro de Alzheimer o terá com mais precocidade, quem tem propensão à depressão a terá com mais rapidez, porque o cortisol em excesso é muito agressivo para o nosso corpo, gera um processo inflamatório”.