Prestes a completar 54 anos, Camps é referência na educação dos jovens da Baixada Santista
Centro foca em jovens de baixa renda, capacitando-os para o caminho do trabalho
Com programas desenvolvidos para menores e maiores de idade, o Camps oferece cursos de Rotinas Administrativas, Logística, Logística Portuária, Comércio e Varejo e Tecnologia da Informação (TI). Adolescentes a partir de 14 anos podem se inscrever gratuitamente para concorrer às vagas, mas por força da lei, os aprovados são inseridos aos 16 anos.
Além da aprendizagem, o Camps tem projetos na área do empreendedorismo, desenvolvidos em parceria com o Senai e o Sebrae, e voltados ao mercado de trabalho e à geração de renda. Ess
“Nosso foco é gerar oportunidades para as faixas mais vulneráveis. Levamos em consideração a questão financeira da família e de jovens que tiveram os direitos violados. O Camps acaba sendo uma casa de acolhimento, porque lá o jovem é recebido, tem lanche, almoça. Tem a formação e o incentivo do vale transporte. Às vezes ele deixa de participar de um curso porque não tem condições de bancar deslocamento e alimentação”, diz Elias Júnior.
O vice-presidente do Camps destaca os convênios, como o da Prefeitura de Santos, que tem 100 aprendizes em seus quadros, mas diz que é preciso fortalecer as políticas públicas, colocando mais jovens em equipamentos nas esferas federal, estadual e municipal. “Tem bastante campo quando se fala em jovens em situação vulnerável, que precisam ter acompanhamento psicossocial. Ainda mais os adolescentes que passaram pela Fundação Casa”, observa.
Por meio de acordos firmados com universidades da região, os adolescentes podem ficar conectados com a instituição por um período que varia de dois a quatro anos. “O Camps é um modelo construído pela iniciativa privada e a sociedade civil. Os jovens podem ter um contrato de trabalho de 11 a 15 meses no regime CLT, em caráter especial, dentro da aprendizagem. Já os que ingressam no curso superior podem ficar na empresa depois, como estagiários”.
Para Elias Júnior, a formação e a conquista do primeiro emprego são pilares fundamentais para o jovem em situação vulnerável almejar um novo horizonte, que impacta na transformação da sociedade. “Não tem desenvolvimento econômico sem desenvolvimento social. Se a comunidade quiser uma sociedade mais justa, tem que olhar a oportunidade, que é o que muda esse cenário. Quando encontramos empresários responsáveis com a nossa cidade, estamos contribuindo para uma sociedade mais igualitária”.