Prefeituras da Baixada Santista lutam para manter folha de pagamento em dia
Cortes, por enquanto, apenas nos vencimentos do primeiro escalão. Contudo, alguns benefícios, como férias, horas-extras e 13º salário, podem sofrer atrasos
Em meio à queda de receitas e ao aumento das despesas para o combate da Covid-19, as prefeituras da Baixada Santista afirmam manter em dia a folha de pagamento do funcionalismo público. Cortes, por enquanto, apenas nos vencimentos do primeiro escalão. Contudo, alguns benefícios, como férias, horas-extras e 13º salário, podem sofrer atrasos.
Em Santos, por exemplo, os 11,6 mil servidores municipais injetam na economia local, mensalmente, R$ 67,7 milhões. A manutenção dos vencimentos a esses trabalhadores vai ao caminho oposto dos holerites do prefeito Paulo Alexandre Barbosa, que decidiu pela redução dos salários dele e dos secretários.
Apesar de já ter reservado a primeira metade do 13º aos servidores, Guarujá adiou o depósito (agendado para o dia 17 deste mês). O pagamento deve ocorrer no segundo semestre, em data que depende da evolução da pandemia.
Em nota, a Administração diz quitar os R$ 44 milhões brutos para a folha de pagamento.
Com 6,8 mil servidores, São Vicente despende R$ 45 milhões por mês com a folha de pagamento. A Secretaria da Fazenda (Sefaz) afirma estudar ajustes na folha salarial, como a possível suspensão de horas extras.
Segundo a Sefaz, o pagamento em dia dos salários dos trabalhadores e servidores é prioridade da Administração. “Uma mudança neste vencimento (redução temporária) só será levada em consideração se a queda for acentuada ao ponto de inviabilizar o pagamento completo”, diz, em nota.
Mais cidades
Cubatão destaca que, em caso de queda acentuada na arrecadação, vai estudar “a redução dos contratos não essenciais e de compras de materiais permanentes e redução de horas extras”. A prefeitura informa que a folha bruta de salário dos servidores municipais é de R$ 23 milhões por mês, mantendo-se o atual calendário de pagamento dos benefícios à categoria.
Praia Grande informa que criou uma comissão para refazer o orçamento deste ano. A ideia é ver a situação de cada secretaria municipal e priorizar a execução orçamentária.
O pagamento para cerca de 12 mil servidores é de R$ 43 milhões, dos quais 75% são destinados para profissionais das áreas de Saúde, Educação e Serviços Urbanos, essenciais para Cidade.
Bertioga diz manter normalmente o pagamento dos 1,7 mil servidores.