Prefeitos da Baixada Santista apoiam mudanças sobre o fim da quarentena

No entanto, chefes dos Executivos municipais também ressaltam necessidade de, ao mesmo tempo, ir planejando uma retomada

Por: Da Redação  -  11/05/20  -  15:48
Uso de máscaras e isolamento social ainda são estratégias para evitar avanços de casos
Uso de máscaras e isolamento social ainda são estratégias para evitar avanços de casos   Foto: Matheus Tagé/AT

O novo prazo para o fim da quarentena no Estado decidida pelo governador de São Paulo, João Doria, por conta da pandemia do novo coronavírus, agora prevista para o dia 31 deste mês, foi bem recebida pelos administradores dos municípios da Baixada Santista. Anteriormente, a previsão era começar a reduzir o isolamento a partir de 11 de maio. Mas, laguns fazem ressalvas sobre a necessidade de se iniciar um plano para a retomada da economia na região. 


A Tribuna tentou contato com os nove prefeitos da região, mas até o fechamento desta edição os administradores de São Vicente e Bertioga não responderam aos questionamentos.


Opiniões


Diante do atual cenário, a Prefeitura de Guarujá descarta adotar novas medidas de flexibilização, seja no comércio ou no acesso às praias, até que haja posicionamento do Estado no mesmo sentido. 


“Estamos diante de um inimigo invisível e o cenário no País é de crescimento de casos de covid-19. Avançamos na regulamentação de funcionamento do que era viável e seguro até o presente momento”. 


O prefeito de Itanhaém, Marco Aurélio Gomes (PSDB), entende que a determinação do governador foi técnica e preventiva.


“Itanhaém está cumprindo a sua parte, mantendo um isolamento social acima de 50%, figurando sempre entre os 20 melhores índices do Estado”, comenta o prefeito citando a implantação do sistema de telemedicina, a intensificação na fiscalização do comércio como alguns dos trunfos.


Isolamento


O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), defende a manutenção do isolamento social no município por conta do aumento de casos na região. “É uma medida dura, mas a única possível diante do quadro real. Os números falam por si”, reforça.


O prefeito de Cubatão, Ademário Oliveira, segue na mesma linha. “Vivemos uma pandemia sem precedentes. Todo esforço para preservação da vida se faz necessária”, afirma Ademário. 


Segundo ele, o Município tem feito campanhas de conscientização e de orientação para que a população continue aderindo ao isolamento social e para que utilize máscara ao sair de casa. 


“Todas as ações na cidade, neste primeiro momento, vão ao encontro do controle da pandemia. Ao mesmo tempo, a cidade já pensa em maneiras de minimizar o impacto da recessão especialmente nos setores mais afetados pela crise”


O prefeito de Mongaguá, Márcio Melo Gomes, também ressalta a necessidade de seguir o distanciamento social para reforçar o combate ao coronavírus. Porém, destaca a importância da retomada da economia na Cidade.


“Os prefeitos da região estão se desdobrando para que os municípios consigam conter a covid-19 para que, com base nas análises científicas, a economia possa ser retomada”. 


Em Peruíbe, o prefeito Luiz Mauricio (PSDB) afirma que o momento é de “ainda mais responsabilidade”. “Os casos têm aumentado em todo o País e aqui na região em ritmo mais acelerado. Temos que ter muita cautela nessa questão para não colocar a vida das pessoas em risco. Vamos seguir as determinações de forma integral”.


Consulta


O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, explica que esperava que houvesse uma consulta do Governo aos prefeitos sobre o assunto com mais antecedência.


Mourão já disse, em outras ocasiões, sobre a necessidade de se estabelecer um plano que permita a circulação das pessoas sem aglomerações. “Não podemos chegar a situação de o médico ter que escolher quem vai morrer, mas também é preciso que se haja o desenvolvimento econômico. É uma reflexão a ser feita com a sociedade e os gestores”.


Logo A Tribuna