Planos de saúde mudam para atender usuário regional
O futuro dos planos deve ser, cada vez mais, desenvolver produtos regionais que se ajustem à população de cada local
O futuro dos planos de saúde deve ser, cada vez mais, desenvolver produtos regionais que se ajustem à população de cada local. A aposta é de Paulo César Prado, superintendente da Bradesco Saúde.
Entre março e junho deste ano, os planos de saúde perderam 364 mil clientes, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A tímida recuperação aconteceu em agosto, com a primeira alta de beneficiários ativos para 46.911 milhões. Em julho, eram 46.833 milhões de pessoas com plano de saúde em todo o País.
Ainda assim, os números são piores que o ano passado. Em agosto de 2019 o País tinha 46.967 milhões de beneficiários ativos.
Para Prado, ainda há baixa oferta de planos no Brasil. “É uma oferta pequena em relação à demanda. Esses produtos regionais estão em franco crescimento pela previsibilidade”.
No mês passado, a empresa lançou uma linha voltada à população da Baixada Santista e ABC Paulista, chamada São Paulo+, que cobre 28 municípios.
O superintendente acredita que o mercado está se adaptando e entendendo esse perfil de clientes, que busca uma previsão maior de quanto gastará, mas não abrindo mão da qualidade do serviço.
De acordo com ele, a solução por produtos regionalizados faz com que a mensalidade seja 20% mais barata que planos normais. Estudos que orientem onde o beneficiário mais circule ajudam a regionalizar esse atendimento e buscar parcerias mais específicas.
“Essa disputa deve se dar com produtos regionais, masque continuem tendo assistência nacional”, finaliza ele, defendendo que a telemedicina seja um produto já incluído em novos planos.