Placas perdidas geram prejuízo de até R$ 800 a motoristas
O motivo é a exigência da nova placa do Mercosul, em vigor desde 1º de fevereiro
Quem perdeu a placa do veículo após o dia 1º de fevereiro terá um prejuízo que pode chegar a R$ 800. O motivo é a exigência do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) pela nova placa do Mercosul. O despachante Igor Halajko, de Cubatão, informa que, desde segunda-feira (3), já atendeu mais de 50 clientes nessa situação. É dele o cálculo sobre a despesa.
O profissional conta que as chuvas e alagamentos dos últimos dias são as principais causas das perdas de placa, algo que, até o final de janeiro, era mais fácil de resolver. O despachante aponta que o custo de uma placa dianteira era R$ 89. Já a traseira, por conta do lacre e necessidade de um laudo, tinha o acréscimo de R$ 90.
Exigido em veículos novos, o emplacamento do Mercosul também é cobrado em caso de mudança de categoria do automóvel, furto, extravio, roubo, dano ou em decorrência da transferência de município e Estado. A troca não é obrigatória nos demais casos.
Halajko explica, portanto, que para todos os casos acima, o gasto deve variar entre R$ 600 e R$ 800. Ele detalha: “Tem o licenciamento (R$ 93,87), laudo de empresa credenciada no Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (R$ 90), taxa de transferência ou 2º via (R$ 212,60), nova placa (R$ 215). Esse é o gasto se a pessoa resolver fazer tudo sozinha”. Somados os custos chegam a R$ 611,47.
Outro problema é a falta de empresas credenciadas para confeccionar a placa na Baixada Santista. Portanto, quem mora na região terá que pagar R$ 45 ao Detran por uma licença para deslocamento, além do combustível, para trafegar em trecho urbano ou Rodovia e instalar a identificação veicular na Capital ou Interior.
Perda de placa
Halajko diz que os motoristas que perderam as placas não têm direito à licença de deslocamento. “É só para carro zero”. Ele critica a situação, uma vez que as empresas credenciadas, na Capital e Interior, não enviam as chapas. “Quem perdeu a placa não tem perspectiva nenhuma de poder rodar com o automóvel”.
Ele cita que entre os motoristas que perdem as placas estão caminhoneiros e motoristas de transportes por aplicativos. “São pessoas que trabalham. Atrapalha a vida do cidadão”.
Fiscalização
O despachante aponta que o Detran-SP cobrava R$ 138 pela instalação do par de placas, mas, apesar de o órgão ter sugerido a manutenção do preço às novas credenciadas, o que se vê é uma cobrança muito superior.
“As mais em conta que encontrei sairiam por R$ 215. O Detran-SP não toma nenhuma medida para coibir os abusos de valores”, destaca.
Em nota, o Detran-SP informa: “quem determina o valor são as empresas credenciadas. E elas podem atuar em qualquer município do Estado. Uma empresa da Capital pode atender em Santos e vice-versa”.