Pipas provocam na Baixada Santista quase quatro interrupções de energia por dia

Levantamento realizado pela concessionária CPFL Piratininga leva em conta cinco municípios da região

Por: Da Redação  -  23/03/21  -  10:37
A Lei Estadual 12.192/2006 proíbe o uso de cerol ou linha chilena, que podem romper os cabos
A Lei Estadual 12.192/2006 proíbe o uso de cerol ou linha chilena, que podem romper os cabos   Foto: Daniela Catisti

Um levantamento realizado pela CPFL Piratininga apontou que, em 2020, a brincadeira de empinar pipas provocou 1.410 registros de interrupção de energia elétrica nas cidades da região com áreas atendidas pela empresa: Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande e Cubatão. A média por dia ficou em 3,85 ocorrências.


Mesmo com a pandemia e com as recomendações de isolamento social, houve um crescimento de 3% em comparação com 2019, quando 1.366 ocorrências foram registradas. Segundo a companhia, somente este ano, já foram contabilizadas 196 ocorrências na rede elétrica provocadas por pipas.


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Em relação ao número total da distribuidora, o número de interrupções em 2020 foi 2.712, 44% menor em relação a 2019, que registrou 4.862 ocorrências. Segundo a CPFL, o resultado é fruto da campanha Guardião da Vida, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos dessa brincadeira em áreas que possuem fios e cabos de energia.


Apesar da redução, a pipa ainda está entre as principais causas de corte no fornecimento de energia. No ranking regional de ocorrências divulgado pela empresa, São Vicente aparece em primeiro lugar, com 709 interrupções provocadas pelas pipas. Na sequência, vêm Praia Grande, com 410; Guarujá (135); Santos (98) e Cubatão (58).


Cuidados


Os desligamentos e os acidentes causados pelas pipas podem ser evitados com alguns cuidados simples. É importante escolher um local longe da fiação elétrica, como campos abertos e parques e jamais tentar resgatar uma pipa que tenha se enroscado na fiação, já que existe o risco de acidentes graves e até fatais.


Deve ser evitado também o entorno de rodovias ou de avenidas movimentadas, onde podem acontecer atropelamentos. Essas e outras dicas podem ser encontradas no site .


No Estado de São Paulo é crime, de acordo com a Lei Estadual 12.192, de 2006, usar o cerol ou a chamada linha chilena. Por conduzirem eletricidade, em contato com a rede elétrica, elas aumentam o risco de choques.


Por conta do seu poder cortante, essas linhas podem romper os cabos da rede de energia e provocar curtos-circuitos, além de colocar em risco a vida de ciclistas e motociclistas no trânsito.


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