Pipas causam mais de três quedas de energia a cada 24h em cidades da Baixada Santista

Levantamento da CPFL abrange os sete primeiros meses de 2021 em cinco cidades da região

Por: Thiago D'Almeida  -  19/08/21  -  12:06
 Apesar da diminuição das ocorrências, número de ocorrências de interrupções de energia na região é considerado alto
Apesar da diminuição das ocorrências, número de ocorrências de interrupções de energia na região é considerado alto   Foto: Daniela Castili

O que para muitos é uma brincadeira, para outros representa um perigo a ser combatido diariamente. Empinar pipas próximo à rede elétrica provocou, nos sete primeiros meses deste ano, 756 interrupções no fornecimento de energia nas cidades da Baixada Santista atendidas pela CPFL Piratininga. Isso representa, em média, mais de três ocorrências a cada 24 horas.


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Na região, a CPFL atua em Santos, São Vicente, Cubatão e Praia Grande, além do Distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá. Os casos em terras vicentinas representam mais da metade do total, com 429 interrupções de janeiro a julho. Em 2º lugar, está Praia Grande, com 139. Em seguida, vem Guarujá (Vicente de Carvalho), com 97, Santos, com 65, e Cubatão, com 26.


Embora os números impressionem, há melhora na comparação com 2020, quando nos sete primeiros meses houve 864 interrupções no fornecimento de energia elétrica - a diminuição foi de 12,5%. Segundo o gerente de operações de campo da CPFL na região, Josias Ricardo de Souza, o fato de crianças e adolescentes terem ficado mais tempo em casa no 1º semestre do ano passado, no início da pandemia, contribuiu.


“Eles não podiam ir à escola, à praia e não ficariam o tempo todo em casa. Então, acabavam soltando pipa. Isso ajudou no crescimento das ocorrências. Em dez anos, 2020 foi o que contou com mais ocorrências de pipa na Baixada Santista”.


Além disso, Souza aponta outro problema: a pausa do projeto Guardião da Vida em 2020, que levava às escolas informações sobre os riscos de empinar pipa. “Nossas equipes levam maquetes que simulam a rede de energia, fazem palestras e simulam uma pipa se enroscando (nos fios) e desligando a energia”.


Diante disso, o Guardião da Vida foi adaptado e, neste ano, vem ocorrendo de forma virtual, com medidas informativas on-line e exibição aos jovens no ensino híbrido. Ainda assim, as visitas presenciais já voltaram ao radar da empresa.


O gerente destaca que “a CPFL não é contra a pipa” e que a prática faz parte de uma brincadeira tradicional. “O problema é o que vem junto com isso, que é a utilização do cerol, linha chilena e rabiolas com partes metálicas”.


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