Pesquisa aponta que consumo na Baixada Santista deve crescer 15% neste ano

IPC Maps apontou potencial da região, indicando que o desempenho local na pandemia é melhor do que de outros mercados

Por: Júnior Batista  -  27/06/21  -  18:44
  Nas famílias de baixa renda, gasto com lazer migrou para alimentação
Nas famílias de baixa renda, gasto com lazer migrou para alimentação   Foto: Matheus Tagé/AT

O potencial de consumo da Baixada Santista crescerá 15% neste ano na comparação com 2020. Em 2021, a região deve movimentar R$ 60 bilhões, superando os R$ 52 bilhões de 2020. Os dados são da pesquisa IPC Maps 2021, publicada anualmente pela IPC Marketing Editora. Segundo especialistas, o número indica que a Baixada sustenta uma retomada, após um desempenho melhor do que o esperado durante a pandemia.


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O levantamento é feito com base em dados oficiais e mostra, detalhadamente, o potencial de consumo das 5.570 cidades em 22 itens da economia, como gastos com veículos, roupas, transporte, entre outros. Esses dados são subdivididos por classes sociais, sexo e idade.


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Segundo o sócio da IPC e responsável pela pesquisa, Marcos Pazzi, os números refletem que a Baixada Santista está se saindo melhor na crise do que outros mercados. “Não se pode deixar de levar em consideração a pandemia e a alta nos preços, porém, descontada a inflação, o crescimento real do litoral é de 1,1%, ou seja, R$ 658 milhões de reais em dinheiro novo”, diz.


Em 2020, na comparação com 2019, mesmo sob cenário de crise, houve crescimento. Entretanto, ele foi mais tímido, de 4,45%, puxado pelos gastos com veículos próprios, higiene pessoal e construção, três áreas diretamente ligadas ao isolamento social.


O share, a participação de cada município na economia, também cresceu. Saiu de 1,16% em 2020 para 1,18% neste ano. É a 15ª economia nacional, duas posições acima do ano passado, quando a Baixada ficou em 17º lugar no País.


Cautela


De acordo com o economista Fernando Wagner Chagas, é preciso ter cuidado antes de comemorar os números. Conforme ele, o potencial de consumo pode ter variações, dependendo do cenário econômico. “Tais como redução do desemprego e renda do trabalhador empregado”.


Segundo ele, a retomada é diferente da recuperação do desenvolvimento, que depende da vacinação em massa. “Não há a certeza da sustentação dessa evolução econômica no médio e longo prazos, considerando sobretudo que a confirmação das expectativas positivas depende de investimentos públicos e privados constantes na economia, ainda incertos neste momento”.


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