Peritos médicos da Baixada Santista não aderem à greve nacional de funcionários do INSS

Profissionais da região optaram em não cruzar os braços até o momento

Por: Sandro Thadeu  -  24/03/22  -  09:52
Atualizado em 24/03/22 - 14:15
A maioria dos servidores do INSS está em teletrabalho, segundo o sindicato da categoria
A maioria dos servidores do INSS está em teletrabalho, segundo o sindicato da categoria   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Os trabalhadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em todo o Brasil iniciaram nesta quarta-feira (23) uma greve, por tempo indeterminado, devido à intransigência por parte do Governo Federal em conceder o reajuste salarial à categoria. A última correção nos vencimentos desses servidores ocorreu há cinco anos.


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Os peritos médicos das agências dessa autarquia federal na Baixada Santista continuaram a atender normalmente a população, pois esses profissionais optaram em não cruzar os braços até o momento.


As entidades que representam os servidores do INSS reivindicam a reposição de 19,99% na remuneração e a revogação da Emenda Constitucional 95/2016, que criou o teto de gastos e congelou os gastos públicos por 20 anos.


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (Sinssp), Pedro Totti, explicou que 75% dos funcionários do INSS estão exercendo as atividades em casa.


Por esse motivo, foi deflagrada o que ele chama de “Operação Apagão” para que os servidores não acessem os sistemas corporativos do órgão federal durante o período da paralisação.


“Os funcionários que fazem atendimento nas agências estão sendo orientados a participar do movimento paredista e comunicar a população para que ela faça o reagendamento dos serviços pela internet ou pelo telefone 135”, afirmou.


Conforme o sindicalista, a greve também serve para alertar a população sobre o sucateamento da estrutura das agências do INSS. Ele citou ainda que a falta de servidores compromete a análise dos processos que chegam diariamente à autarquia.


“Há cinco anos, tínhamos 38 mil trabalhadores. Esse número caiu pela metade hoje. Um dos reflexos dessa situação é o fato de termos cerca de 2 milhões de benefícios parados por não ter quem os analise”, ressaltou.


Sem resposta

A Tribuna pediu um posicionamento ao INSS a respeito da greve dos trabalhadores, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.


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