Pandemia faz consumo de água aumentar nas residências da Baixada Santista

Índices evidenciam as mudanças de comportamento e rotina impostas pela Covid-19

Por: Da Redação  -  18/12/20  -  19:01
Sabesp também atesta queda no comércio
Sabesp também atesta queda no comércio   Foto: Imagem ilustrativa/ Nicolas Comte/Unsplash

O consumo de água residencial na região subiu 3% este ano, especialmente por conta da pandemia. Por outro lado, o setor comercial deixou de consumir cerca de 30% na comparação com 2019. Os índices foram divulgados pela Sabesp, nesta quinta-feira (17), e evidenciam as mudanças de comportamento e rotina impostas pela covid-19. Não foram informados os números absolutos.


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“Uma parte dessa elevação de consumo é relacionada à preocupação com a higiene, claro, mas também reflete as pessoas que vieram passar o período de pandemia e home office na região”, afirma a diretora de sistemas regionais da Sabesp, Mônica Porto, mencionando os donos de casas temporárias na Baixada Santista.


Segundo ela e a superintendente da companhia na Baixada Santista, Olívia Mendonça, a alta do consumo nos imóveis residenciais será ainda mais sentida na temporada de verão, mesmo com o fluxo de pessoas na região não devendo ser tão grande quanto em outros anos, quando “beirava os 2 milhões de pessoas”, segundo Mônica.


Por precaução, a Sabesp aumentou o número de funcionários para esta temporada: serão 150 a mais nas ruas. “Isso significa equipe e monitoramento 24h”, diz a gerente de sistemas.


Investimentos


Neste ano, segundo as executivas, a empresa fez 219 km de obras em tubulações da região, incluindo substituições. Ao longo de 2020, foram gastos R$ 470 milhões nesse sentido. “Nossa grande preocupação são os geradores, que em caso de falha prejudicam o fornecimento de água”, explica Mônica.


Elas apontam que cidades como Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, que têm um histórico de problemas com abastecimento, não devem sofrer com falta de água neste verão. “Com as obras, principalmente a de Mambu Branco, o sistema está mais preparado para abastecer toda a região”, reforça a gerente.
O sistema citado por ela, que fica em Itanhaém, foi ampliado para captar água do Rio Branco, já que o Rio Mambu não era mais suficiente para a demanda.


Verão consciente


Ainda sobre o fornecimento de água no verão, as executivas afirmam que, apesar da preparação por parte da Sabesp, falhas podem ocorrer. “Pode haver falta de energia ou vazamentos que necessitem de paralisação momentânea. Isso, com uma população dobrada, é bem mais complicado de lidar”, diz Mônica.


Para evitar contratempos, ela clama para o que chama de “verão consciente”. “Aquelas piscinas de mil litros, por exemplo, são equivalentes a uma caixa d’água para uma casa com seis moradores. É importante que a gente tenha parceria com a população e cada um perceba a cota que lhe cabe também”.


Ainda sobre esse tema, Olívia cita casos que extrapolam o bom senso. “No verão, sabemos de imóveis que, mesmo com dois dormitórios e estrutura para quatro pessoas, recebem 20. Aí, vai faltar água porque a caixa d’água não aguenta”.


As executivas também reforçam a necessidade de registrar os problemas de fornecimento nos canais oficiais (telefones 195 e 0800-0550195 e site www.sabesp.com.br), pois o Centro de Comando enxerga variação de pressão, mas não problemas pequenos. “Podem acontecer coisas que não conseguimos detectar”, resume Mônica.


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