Opcional ou obrigatório? Universidades da Baixada Santista divergem sobre uso de máscara

Parte das instituições exige a utilização da proteção facial contra a covid-19; algumas apenas recomendam

Por: Sandro Thadeu  -  04/06/22  -  08:12
Atualizado em 04/06/22 - 13:48
Maioria das universidades e faculdades particulares da região não exigirá, mas continuará recomendando o uso de máscaras
Maioria das universidades e faculdades particulares da região não exigirá, mas continuará recomendando o uso de máscaras   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Apesar do crescimento de casos de covid-19 nos últimos dias, a maioria das universidades e faculdades particulares da região não exigirá, mas continuará recomendando o uso de máscaras, por prevenção.


Clique, assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe centenas de benefícios!


A Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), porém, decidiu retomar a obrigatoriedade da utilização na segunda-feira, com base no decreto municipal e “no considerável aumento de cerca de 20% de notificação de casos da doença entre alunos, docentes e colaboradores”.


Apesar da flexibilização do uso dessa proteção anunciado pelo Governo do Estado, em 17 de março , a Universidade Católica de Santos (UniSantos) havia mantido em vigor a exigência das máscaras para estudantes, professores, funcionários e visitantes.


A direção da Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação (Esamc) - Santos pontuou que houve um aumento de casos de covid-19 na última semana. Na próxima, “os gestores e coordenadores de cursos estarão reunidos para tomar uma decisão, sempre atentos ao que a Administração Pública e ao que os governos Estadual e Municipal decidirem”.


A Universidade Santa Cecília (Unisanta) recomenda a utilização do acessório em salas de aula, laboratórios, bibliotecas e demais ambientes fechados do campus. Nas clínicas da área de Saúde, contudo, esse item é obrigatório para alunos, docentes, pacientes e trabalhadores.


A Universidade São Judas explicou que segue estritamente os moldes propostos pelo Governo do Estado e as regras estabelecidas pelos municípios em que está inserida.


“Nas cidades onde o uso de máscaras é obrigatório por decreto municipal, assim procedemos. Nas demais, seguimos incentivando fortemente o uso da proteção”, justificou.


A Universidade Paulista (Unip) explicou que a utilização do acessório para se proteger contra a covid covid-19 é recomendada e incentivada. O mesmo ocorre na Unibr - Faculdade de São Vicente.


As faculdades do Litoral Sul Paulista (Fals, em Praia Grande) e Praia Grande (FPG) informaram que a utilização das máscaras sempre foi obrigatória para funcionários e docentes, mas opcionais para os estudantes.


A Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp) - Campus Guarujá também recomenda aos estudantes, professores, funcionários e visitantes o cumprimento dos protocolos de uso correto de máscaras em todo o ambiente escolar.


Uma campanha que reforça a necessidade da utilização desse acessório aos trabalhadores e alunos, principalmente em ambientes fechados, está sendo desenvolvida pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), que mantém um campus em Guarujá.


O Centro Universitário Lusíada (Unilus) não deu retorno até o fechamento desta edição.


Efeito colateral

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo, Benjamin Ribeiro da Silva, afirmou ser contrário ao uso de máscaras, pois entende que essa proteção tem prejudicado demais as crianças. “Por outro lado, nós não podemos brincar com essa doença (covid-19), que vai e volta em uma velocidade que nunca vimos”, afirmou.


Conforme o dirigente, a instituição não pode determinar que as escolas obriguem os profissionais e estudantes a usar o acessório, mas pode fazer essa recomendação. Silva explicou que, nas últimas semanas, houve um aumento de professores afastados por terem contraído coronavírus. “Essa situação gera um problema para os gestores. A pandemia afetou demais o setor educacional e a saúde das crianças. Muitas estão com problemas psicológicos, de ansiedade e medo", ressaltou.


Parte das públicas exige utilização

Ao contrário da maioria das faculdades privadas na Baixada Santista, há instituições públicas de Ensino Superior na região que exigem o uso de máscaras.


Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) - Campus Baixada Santista, a utilização nunca deixou de ser obrigatória, conforme estabelece a portaria que trata do retorno seguro às atividades presenciais.


Nas últimas semanas, houve aumento no número de casos de covid-19 na comunidade universitária, segundo a assessoria de imprensa da Unifesp.


O Instituto Federal de São Paulo - Campus Cubatão informou que o uso de máscaras é uma exigência nas salas de aula e em locais fechados. Houve, apenas, flexibilização em locais abertos.


Desde o retorno das atividades presenciais nessa unidade, em março, foram registrados dois casos da doença entre estudantes (ambos em abril) e nove entre os servidores (quatro, em abril e cinco em maio).


Recomendação

Nos 24 campi da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), o uso das máscaras “é altamente recomendável”. Os comitês locais, como no campus do Litoral Paulista, em São Vicente, aplicam inquérito de sintomas entre os frequentadores para dar mais segurança a todos.


O Centro Paula Souza diz ser recomendado usar o acessório nas faculdades de Tecnologia (Fatecs). Desde dia 18, três professores e oito estudantes da unidade de Praia Grande contraíram covid-19. Na Fatec Baixada Santista, em Santos, as aulas ainda são remotas, devido à reforma do prédio.


Logo A Tribuna