Novo atraso emperra 2ª fase do Veículo Leve sobre Trilhos em Santos
Classificação de licitação sairia em maio, mas Governo do Estado deu novo prazo de 30 dias.
Quase seis meses após a abertura da licitação, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) ainda não definiu a empresa responsável pela segunda fase de ampliação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A promessa do órgão estadual, porém, é que essa novela chegue ao fim em até 30 dias.
Após ser questionada por A Tribuna sobre o impasse em torno do projeto de expansão, a EMTU informou, por meio de nota, que “as propostas estão em análise e o vencedor da licitação será homologado em até 30 dias”.
A indefinição já ameaça o cronograma de obras para levar o modal até a região central de Santos (trecho Conselheiro Nébias – Valongo). A previsão era que os trabalhos começassem neste semestre. Perguntada sobre a possibilidade de atraso nos trabalhos, o órgão paulista não se manifestou.
Cronograma
Após cinco adiamentos seguidos, a concorrência pública para a segunda fase do VLT foi aberta no final de fevereiro. Sete consórcios e três empresas demonstraram interesse em assumir as obras físicas para instalação do modal no trecho Conselheiro Nébias – Valongo, no Centro Histórico.
Elas apresentaram propostas com os custos previstos para as intervenções. Venceria a que apresentasse o menor preço a partir do valor estimado pela EMTU: R$ 300 milhões. Na ocasião, a empresa paulista afirmou que publicaria em maio a classificação das empresas no Diário Oficial do Estado, o que ainda não aconteceu.
A segunda fase de ampliação do VLT é vista como estratégica pela Prefeitura de Santos a fim de revitalizar a região central da cidade e aumentar o volume de passageiros transportados. Atualmente, são mais de 35 mil usuários que utilizam o modal nos dias úteis entre São Vicente e Santos.
Por ser a região central santista um dos polos geradores de emprego na Baixada Santista, a EMTU estima que o número pode multiplicar por três.
Posicionamento
Em nota, a Prefeitura de Santos destaca que o VLT é vital para o desenvolvimento regional. “Especialmente no trecho 2, que inclui a região central, onde as estratégias para desenvolvimento urbano se alinham à utilização do VLT”.
Com o desenho finalizado em 2017, a segunda fase do VLT (detalhes acima) exigirá da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos) estudos para reorganizar o transporte municipal, com revisão das linhas e dos trajetos. Hoje, 13 linhas de ônibus fazem o trajeto da Conselheiro Nébias ao Centro.