Mourão apresenta preocupações sobre cenário da Covid-19 ao vice-governador de São Paulo

Segundo o prefeito de Praia Grande, existem muitas subnotificações, falta de testes e falhas nas informações sobre o isolamento em algumas cidades paulistas

Por: Da Redação  -  14/05/20  -  11:49
  Foto: Reprodução

O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB), criticou nesta quarta-feira (13) a falta de informação, as subnotificações de casos e mortes por coronavírus e a realização de testes rápidos, apontando que algumas cidades paulistas não fazem a lição de casa. O desabafo ocorreu em live do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) que contou com a participação de prefeitos de outras regiões, empresários e o vice-governador de SP, Rodrigo Garcia (DEM).


A crítica de Mourão tem relação com o fato de uma possível retomada gradual das atividades ocorrer, primeiramente, nas cidades com maiores taxas de isolamento, menores índices de mortes e casos confirmados e capacidade de atendimento médico. 


“Precisamos aprimorar as informações. Conheço uma cidade que toda semana sai com o maior índice de isolamento. Não é uma verdade. Se você for à praia, terá um monte de gente no calçadão, no centro comercial. Mesmo assim, dá 65% de isolamento. Isso não é realidade”.


Em comparação, o prefeito diz que em Praia Grande, que teve 49% de isolamento em levantamento recente, “não tem um pardal na praia, um cara no calçadão ou no centro comercial”.


Ele cita que a cidade tem o maior número de testes per capta do país - quase 900 exames. "A Alemanha chegou a 1.100 ou 1.200. Será que, por estar fazendo a coisa certa e ver como a doença está evoluindo, vou ser penalizado no momento de abertura? E aquele que subnotificou e não está nem aí?”, questionou o prefeito


Garcia concordou com Mourão e disse que o grande problema na guerra contra a doença é a informação. “Só vamos vencer o vírus se tivermos uma pactuação da sociedade".


O vice-governador comentou que o momento agora é de cuidar da saúde e reforçar o isolamento enquanto não há vacina ou remédio. E ainda faz um alerta. “Ao lado da Capital, a Baixada é a região que mais nos preocupa”.


Garcia ressalta que falta uma coordenação nacional sobre o tema, o que prejudica o entendimento de todos. “O vírus não respeita fronteira. Aquele que faz a lição de casa paga a conta por quem não está fazendo nada”.


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