Moradores da Baixada Santista opinam sobre lockdown e expectativas sobre andamento da pandemia

A equipe de A Tribuna entrevistou pessoas da região, após anúncio de restrições, que entram em vigor a partir da próxima terça-feira (23)

Por: Jordana Langella  -  21/03/21  -  09:10
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RUhXpqU3hsI   Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Após o anúncio do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) sobre o início dolockdown nos noves municípios da região, a partir da próxima terça-feira (23), o assunto causa polêmica. Se por um lado pessoas priorizam a saúde eredução de mortes por covid-19; outras revelam anseio com o aumento da fome e desemprego.


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A equipe de A Tribuna foi às ruas ouvir a opinião da população sobre as novas medidas de restrição. Confira avideorreportagemacima.


Diante do cenário de aumentode casos de covid-19 e escassez de leitos de UTI não só na Baixada Santista, mas também em todo País,as pessoas ouvidas durante a produção desta matéria que sãofavoráveis ao lockdown demonstram preocupação com a velocidade de contágio da doençae também número de óbitos.


  Foto: Ingrid Anne/Fotos Públicas

É o caso, por exemplo, dapensionistaSônia de Fátima Assunção quenão acreditamais na conscientização da população.“O povo não está nem aí, de jeito nenhum”.Neste sentido, a auxiliar de limpeza Cleonise Aparecida de Jesus também reclama do desrespeito às regras estabelecidas pelo Plano Emergencial do Estado de São Paulo. “Se vai fechar, então fecha tudo,porque ninguém ganha e ninguém perde. Não adianta fechar uma coisa ou outra, como eu vi hoje no Centro de São Vicente, quetavacom algumas lojas abertase logo tem muita gente na rua, por conta dessas lojas”, desabafou.


Em contrapartida, quem disse não concordar com as novas restrições, preocupa-se com a falta de emprego, comida e dinheiro ocasionada pelas medidas duras de fechamentos do comércio, que desde o início da pandemia apresentam mudanças constantes.


Doria anuncia R$ 150 milhões em crédito para microempreendedores
Doria anuncia R$ 150 milhões em crédito para microempreendedores   Foto: Matheus Tagé/AT

Na mesma linha de pensamento, a autônomaBruna Soares,de 23 anos,tem receio do que pode acontecer com os provedores de famílias. “Tem muitas mães de família que precisam levar sustento para o lar, então por causa do lockdown, muitos estão perdendo seus empregos, muitos estão sem alimento na sua mesapara levar o sustento dos seus filhos”. Para a promotora de supermercados fulana que já viu duas pessoas próximas perderem o emprego, o cenário é desolador. “Restrições tem que ter mesmo, não tem que ter baile, festinha e bar; mas muitas pessoas ficaram desempregadas, tenho duas na família que trabalhavam em restaurantes, que estão em casa, afastadas. Então é triste”.


Por fim, entre as pessoas ouvidas ao longo da reportagem, reclamações foram feitas sobre a demora do processo de vacinação e medidas adotadas pelo Governo desde o início da pandemia. A professoraPatrícia da Silva Santana, de 46 anos,desabafou. “Talvez essa medida já deveria ter sido tomada de forma mais drástica na primeira onda”.


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