Médicos do litoral de SP indicam grupos que devem manter uso de máscaras; saiba quais
Recomendação dos infectologistas se dá pela chance maior desses indivíduos de desenvolver formas graves da covid-19
Atualizado em 12/03/22 - 16:14
Os grupos de pessoas sob risco de contrair forma grave da covid-19 devem continuar usando máscaras em ambientes abertos, mesmo após o Estado desobrigar sua utilização. É o que recomendam infectologistas ouvidos por A Tribuna.
O diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Leonardo Weissmann, recomenda que pessoas imunossuprimidas (com baixa imunidade), com doenças crônicas, idosos, crianças, pessoas não vacinadas ou com esquema vacinal incompleto e profissionais da saúde permaneçam de máscara em locais abertos.
“A queda no número de casos e de óbitos que se observa nesse momento é um cenário melhor do que outros que já vivemos e dá a falsa sensação de que a pandemia está controlada, o que não é verdade. É necessário muito cuidado, pois uma flexibilização indiscriminada, sem critérios, pode aumentar os riscos à população”, alerta.
O ponto de vista é acompanhado pelos infectologistas Evaldo Stanislau e Elisabeth Dotti. Segundo Stanislau, “todas as pessoas que se sentirem mais confortáveis com a máscara devem manter (seu uso)”.
Elisabeth cita também as crianças no grupo de recomendação. “Todo mundo em potencial pode ter problemas. É criança, idoso, não vacinado. Está perigoso para todo mundo. A pandemia não acabou ainda."
A médica também cita que certos espaços abertos com aglomerações representam risco. “Em estádio de futebol, é ambiente aberto, mas está todo mundo aglomerado. Na praia, todo mundo aglomerado embaixo de uma barraca também. Deixa de ser um ambiente aberto seguro pra ser um ambiente aberto complicado.”
Vacinação
Na Baixada Santista, são 3.958.277 doses de vacinas contra covid-19 aplicadas: 1.679.434 para primeira dose, 1.507.148 para a segunda ou a dose única e 769.049 de reforço. Os dados são do Vacinômetro, do Governo de São Paulo.
O Estado tem 92.48% de moradores que receberam pelo menos uma dose e 83.61% que completaram o esquema vacinal. Em relação às crianças de 5 a 11 anos, são 71,35% de vacinadas com a primeira dose.
