Médicos de Santos e SP explicam reações comuns e incomuns geradas por vacinas contra a covid-19
Infectologistas também reforçam como aliviar os sintomas e o tempo 'normal' de duração das reações
Com o avanço da vacinação, uma série de dúvidas vem surgindo em relação às reações dos imunizantes. Para sanar esses questionamentos, infectologistas entrevistados por ATribuna explicam quais reações são mais comuns e incomuns, além do que pode ser feito para amenizar esses desconfortos.
Reações das vacinas
Segundo a infectologista Elisabeth Dotti, as reações mais comuns são: dor de cabeça, dor no corpo, febre, calafrio, mal estar geral e cansaço.
No entanto, alguns sintomas mais incomuns também podem ocorrer como tontura, diarreia e dor abdominal (como gastrite). Ela também explica que a vacina da AstraZeneca é a que tem dado mais reação, mas diz que não é incomum que as pessoas também apresentem esses sintomas com outras vacinas e que podem durar dias.
Apesar da insistência de alguns sintomas em alguns casos, as reações começam com mais força e vão desaparecendo aos poucos, ainda segundo a especialista. "As reações podem durar 24 horas, 48 horas, até uma semana no máximo. Não passa disso".
A estudante de psicologia Juliana Costa, de 23 anos, tomou o imunizante da AstraZeneca e conta que sentiu diversas reações, como dor de cabeça, dor no corpo, enjoo, febre e dor de estômago.
No entanto, após três dias, a estudante já voltou a se sentir melhor. "Eu estava bem tranquila porque já sabia que era uma possibilidade. Conheço muita gente que teve reação também. O que mais importava era estar vacinada".
Por que vacinas dão reação?
O infectologista Jacyr Pasternak explica que a reação é normal e que as pessoas não devem se preocupar. "Pode acontecer em muitas vacinas. Quando se injeta uma proteína estranha, o corpo responde desse jeito, com febre, com sinais de alerta, mas não é pra se preocupar por muito tempo não".
Para aliviar as reações, os médicos orientam que as pessoas tomem analgésicos, como dipirona e paracetamol. Medicamentos diferentes destes serão indicados apenas em sintomas contrários dos que não passam com os analgésicos.
Pasternak também reforça que quem não sente nenhum tipo de reação não deve se preocupar, pois isto não é um sinal que a vacina não fez efeito.
"Não quer dizer nada. A maioria das pessoas não sente. Isso não quer dizer que a vacina não funcionou".
Seja qual for o fabricante da vacina e o tipo de reação, o infectologista reforça que o risco de desenvolver a forma grave da doença após receber os imunizantes é menor. Por isso, não é preciso temer as reações.
