Médicos afirmam que vacinação contra gripe facilita diagnóstico da variante Delta

Com a nova cepa na Baixada Santista, os sintomas dos vírus ficaram parecidos, dificultando os diagnósticos

Por: Nathália de Alcantara  -  05/08/21  -  06:43
 Mais de 394 mil pessoas receberam vacina contra a gripe na região
Mais de 394 mil pessoas receberam vacina contra a gripe na região   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Os sintomas da variante Delta do novo coronavírus são bem parecidos com os de uma gripe comum e, por isso, médicos ouvidos por A Tribuna pedem que as pessoas se imunizem também contra o vírus Influenza para facilitar o diagnóstico de covid-19.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Peruíbe e Bertioga seguem imunizando toda a população contra a gripe nos postos de saúde. Basta procurar o mais perto de casa com documento de identificação. Na região, mais de 394 mil pessoas já foram vacinadas.


CLIQUE AQUI E VEJA OS SINTOMAS DA GRIPE E COVID


Para o infectologista Eduardo Santos, é importante estar imunizado contra a covid-19. Mas, depois de 20 dias de vacinado, a recomendação é ainda ter a proteção contra a gripe. “Com a ampla vacinação da covid-19, muitas pessoas terão apenas sintomas como febre, dor no corpo, coriza, dor de garganta, dor de cabeça e mal-estar. Por isso, tendo tomado a vacina contra a gripe, o atendimento especializado será mais rápido e fácil”.


Ele explica que, com as variantes, os sintomas da covid-19 mudaram ao longo desse quase um ano e meio de pandemia. “O grande problema é que as pessoas seguem a vida normal, acreditando que pegaram apenas um resfriado forte. Nem todos perdem o olfato. Com isso, seguem a vida normalmente, indo para festas, restaurantes e o ambiente de trabalho”.


Cuidados


Tanto no caso da gripe quanto no de covid-19, as doenças são espalhadas por gotículas de saliva ou muco de infectados, principalmente por tosse e espirros, além de passar a mão contaminada em olhos, nariz e boca.


“O coronavírus leva até 14 dias para começar a gerar sintomas, mas a maioria das pessoas costuma a sentir algo em cinco dias. Já a gripe se manifesta após quatro dias depois da infecção. Mas, nos dois casos, os pacientes sem sintomas seguem contaminando outras pessoas”, diz Eduardo.


O também infectologista Jacyr Pasternak diz que, no caso da variante Delta, cada doente pode transmitir a doença para até oito pessoas. “Ela é muito mais transmissível do que outras cepas da covid. A P1, por exemplo, pode infectar entre três e quatro pessoas ”.


E se engana quem pensa que só a covid-19 mata. A gripe também pode ser bastante cruel com crianças e idosos. Por isso, a prevenção é o melhor remédio nos dois casos.


“Os cuidados são muito parecidos. Basta manter bons hábitos de higiene, como lavar as mãos com água e sabão frequentemente, usar álcool em gel e manter distância de outras pessoas”, diz a infectologista Nívea Camargo.


CLIQUE AQUI E VEJA OS NÚMEROS DA DOENÇA


Municípios têm confirmação de 14 mortes


Mais 14 mortes e 241 casos de coronavírus foram confirmados em 24h pelas prefeituras da Baixada Santista. São agora 160.254 doentes e 6.589 óbitos causados pela doença desde o começo da pandemia. Outras 4.770 pessoas aguardam resultados de exames e 230 mortes ainda são investigadas.


Quatro óbitos foram divulgados, ontem à noite, só em Santos, sendo uma mulher de 35 anos e três homens, entre 66 e 84 anos. Assim, o Município chega a 1.984 óbitos. Ainda foram registradas mortes em Praia Grande (quatro), Guarujá (três) e São Vicente (três).


Além disso, Santos foi a cidade com mais notificações em 24h: 74 novos casos de covid-19. Nos hospitais da Cidade, a taxa geral de ocupação dos 569 leitos covid-19 disponíveis está em 28%. Entre os 289 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a ocupação é de 33%. Na rede SUS, a taxa é de 34% e, na rede privada, 32%.


Caiu o número de internados, de 163 para 158 pessoas (3%). Diminuiu ainda a quantidade de pessoas em UTIs, de 98 para 95: redução de 3%. (NA)


Logo A Tribuna