Média móvel de mortes por Covid-19 em sete dias na Baixada Santista cai pela quarta vez

De 2 a 8 de setembro, houve uma redução de 50% no número de óbitos na região, na comparação com a semana anterior

Por: Nathália de Alcantara  -  09/09/20  -  09:01
Eventual acordo com MPE é aguardado para reativação do comércio santista
Eventual acordo com MPE é aguardado para reativação do comércio santista   Foto: Matheus Tagé/AT

A média móvel de mortes por covid-19 em sete dias na Baixada Santista caiu pela quarta vez consecutiva. De 2 a 8 de setembro, houve uma redução de 50% no número de óbitos na comparação com a semana anterior (de 26 de agosto a 1º de setembro).


Na prática, isso significa que a média diminuiu de 10 para cinco óbitos por dia no período de uma semana. O levantamento é feito com dados divulgados todos os dias pelas prefeituras e tem cálculos feitos por ATribuna.com.br.


A última vez em que a região teve cinco mortes por dia foi entre 29 de abril e 5 de maio. Segundo o infectologista Marcos Caseiro, as pessoas estão morrendo menos, mas se contaminando igualmente.


“Não podemos acreditar que a pandemia acabou, porque isso está longe de acontecer. A máscara veio para ficar. O que temos visto é que menos pessoas com comorbidades têm se infectado e, por isso, os números mudaram”.


Segundo o também infectologista Eduardo Fernandes, é fundamental que as pessoas não baixem a guarda diante da covid-19. Assim como outros países, isso pode provocar uma segunda onda de contaminação, ainda pior do que a primeira.


“Ignorar as recomendações e os alertas das autoridades de saúde é muito arriscado. As pessoas estão com uma falsa sensação de segurança e de que as coisas melhoraram. Temos um inimigo invisível”.


Quem concorda com eles é o matemático Lucio Vasconcelos. Para ele, uma variação maior em um dia é suficiente para alterar a média móvel de sete dias.


“Os números mostram redução, mas eles são instáveis. Houve uma desaceleração, mas gráficos de outros países lembram uma montanha russa, cheios de altos e baixos. É uma situação delicada e nunca vivida antes”.


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