Média móvel de mortes por Covid-19 em sete dias na Baixada Santista cai pela quarta vez
De 2 a 8 de setembro, houve uma redução de 50% no número de óbitos na região, na comparação com a semana anterior
A média móvel de mortes por covid-19 em sete dias na Baixada Santista caiu pela quarta vez consecutiva. De 2 a 8 de setembro, houve uma redução de 50% no número de óbitos na comparação com a semana anterior (de 26 de agosto a 1º de setembro).
Na prática, isso significa que a média diminuiu de 10 para cinco óbitos por dia no período de uma semana. O levantamento é feito com dados divulgados todos os dias pelas prefeituras e tem cálculos feitos por ATribuna.com.br.
A última vez em que a região teve cinco mortes por dia foi entre 29 de abril e 5 de maio. Segundo o infectologista Marcos Caseiro, as pessoas estão morrendo menos, mas se contaminando igualmente.
“Não podemos acreditar que a pandemia acabou, porque isso está longe de acontecer. A máscara veio para ficar. O que temos visto é que menos pessoas com comorbidades têm se infectado e, por isso, os números mudaram”.
Segundo o também infectologista Eduardo Fernandes, é fundamental que as pessoas não baixem a guarda diante da covid-19. Assim como outros países, isso pode provocar uma segunda onda de contaminação, ainda pior do que a primeira.
“Ignorar as recomendações e os alertas das autoridades de saúde é muito arriscado. As pessoas estão com uma falsa sensação de segurança e de que as coisas melhoraram. Temos um inimigo invisível”.
Quem concorda com eles é o matemático Lucio Vasconcelos. Para ele, uma variação maior em um dia é suficiente para alterar a média móvel de sete dias.
“Os números mostram redução, mas eles são instáveis. Houve uma desaceleração, mas gráficos de outros países lembram uma montanha russa, cheios de altos e baixos. É uma situação delicada e nunca vivida antes”.