Marte aparece em seu ponto mais próximo da Terra nesta terça-feira

O firmamento oferecerá na noite desta terça-feira (13) raro espetáculo: uma luz vermelha próxima da Lua. O fenômeno é o ponto mais próximo que Marte se aproxima da Terra. E é bom não perder o evento astrônomo, pois a próxima janela de avizinhamento do Planeta Vermelho a menor distância entre dois corpos celestes está previsto para daqui 15 anos, calculam cientistas. 

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Segundo a Nasa, o evento marciano é a chamado “oposição de Marte”. Neste instante, o planeta fica diretamente ao lado oposto da Terra em relação ao Sol. “Com magnitude -2,5, é facilmente identificável pelo intenso brilho vermelho, e é o astro mais brilhante do céu noturno depois da Lua”, explica afirma o astrofísico Gustavo Rojas, em coluna na revista Galileu. 

A agência espacial norte-americana assegura que o planeta vizinho estará a cerca de 62,1 milhões de quilômetros da Terra. Essa distância será a menor distância em 15 anos. A Nasa estima que novamente o Planeta Vermelho ficará num ponto tão próximo apenas em 2035.  "O famoso 'planeta vermelho' pode ser visto a olho nu e está muito brilhante devido à sua posição favorável", afirma o professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Paulo Sergio Bretones.

Ainda conforme os modelos matemáticos da agência espacial, o planeta vermelho descreveu órbita mais próxima da Terra em 2003. Ocasião em que esteve apenas 55,76 milhões de quilômetros. Trata-se do menor espaço entre os dois cosmos em mais de 60 mil anos. 

"Como os planetas têm órbitas em torno do Sol quase no mesmo plano, a situação que estão mais próximos ocorre quando estão do mesmo lado com relação ao Sol. Em outras palavras, seria como desenhar dois círculos concêntricos, ou seja, com o mesmo centro. Assim, o círculo interno seria a órbita da Terra e o externo, a órbita de Marte, com o Sol no centro. Então, o ponto mais próximo na órbita da Terra com relação a Marte ocorre quando Marte está do lado oposto ao Sol", explica Bretones.

Mais planetas 

Neste mês, será a primeira vez em mais de dois anos que Marte ultrapassa Júpiter como o terceiro objeto mais brilhante do céu noturno. Mais não será o único a tornar-se visível no céu.  

De acordo com a EarthSky, Vênus, Júpiter e Saturno também devem aparecer. Esses dois últimos, porém, só estarão mais visíveis quando o planeta vermelho estiver mais distante — ou seja, depois de outubro.  

Outro fenômeno esperado é a conjunção de Júpiter e Saturno, em que os dois maiores planetas do Sistema Solar se encontram. Essa união acontece em janelas regulares de 20 anos. Em 2020, a conjunção ocorre oficialmente no dia 21 de dezembro.