INSS exigirá prova de vida para aposentados e pensionistas do litoral de SP a partir de janeiro

Atualização de dados será obrigatória para o recebimento do benefício; atenção às datas marcadas

Por: Rosana Rife  -  10/11/21  -  07:39
Atualizado em 10/11/21 - 07:45
 Até agosto, no último balanço federal, 3.648.445 beneficiários ainda precisavam provar que estavam vivos, dos quais 663.024 em São Paulo
Até agosto, no último balanço federal, 3.648.445 beneficiários ainda precisavam provar que estavam vivos, dos quais 663.024 em São Paulo   Foto: Matheus Tagé

A prova de vida para aposentados e pensionistas retornará a partir de janeiro, após ter sido suspensa duas vezes pelo INSS devido à pandemia da covid-19. Portanto, atenção às datas para o procedimento, evitando a suspensão do benefício pela Previdência Social.


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Até agosto, no último balanço do Governo Federal, 3.648.445 beneficiários ainda precisavam provar que estavam vivos, dos quais 663.024 no Estado de São Paulo.


A medida vale para quem recebe benefício em conta-corrente, conta-poupança ou por cartão magnético. O recadastramento ocorrerá no mês de aniversário do segurado e deverá ser feito no banco onde recebe o benefício.


Cada instituição financeira define como comprovar vida: no guichê, por biometria, caixa eletrônico ou internet banking. Outra opção é utilizar biometria facial pelo aplicativo do Meu INSS para os que têm CNH ou Título de Eleitor em formato digital.


A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) pede que aposentados e pensionistas cumpram o calendário e não se dirijam aos postos com antecedência, evitando aglomerações. Os bancos planejam instituir horários diferenciados de atendimento e reforçar os protocolos sanitários assim que a prova de vida for retomada, no ano que vem.


Sem pagamento
Pela nova regra, caso o segurado não faça a prova de vida no período determinado, o INSS enviará ao banco os dois pagamentos seguintes já com bloqueio. E, se o segurado não regularizar a situação nesse período, o benefício será suspenso. Após seis meses, se nada ocorrer, haverá o cancelamento. O aposentado ou pensionista só poderá voltar a ver o dinheiro quando comprovar que está vivo.


“E deverá fazer a reativação através do Meu INSS, na opção reativar benefício, ou mediante agendamento pelo 135 para fazer de forma presencial na agência da Previdência”, explica a advogada Cláudia Cavallini.


Obrigatoriedade
A atualização dos dados é obrigatória, está prevista em lei e deve ser feita anualmente. Vale para evitar fraude ou pagamento indevido de benefícios.


Porém, o Governo Federal adiou a medida em dois momentos — entre março de 2020 e maio desse ano e, posteriormente, entre outubro e 31 de dezembro próximo — para evitar aglomerações nas agências bancárias e aumento de casos de coronavírus.


Quem não passa pelo procedimento desde novembro de 2020 nem o fizer até o próximo mês terá um cronograma especial para isso em 2022, já definido pelo INSS (veja quadro).


“Até 31 de dezembro, não é obrigatório fazer a prova de vida. Porém, caso o segurado queira fazer, ele pode, tanto nos guichês do INSS quanto no banco em que recebe o benefício ou, em alguns casos já liberados pelo INSS, pela internet. Assim que feita a prova de vida, a situação fica regularizada até a próxima vez, já que a prova de vida deve ocorrer anualmente”, esclarece o advogado Rodolfo Ramer.


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