Greve dos peritos médicos do INSS tem grande adesão na Baixada Santista

Categoria está sem reajuste salarial há cinco anos; profissionais do Vale do Ribeira também cruzaram os braços

Por: Sandro Thadeu  -  12/04/22  -  07:02
Atualizado em 12/04/22 - 15:23
Vários servidores da agência do INSS de São Vicente decidiram cruzar os braços
Vários servidores da agência do INSS de São Vicente decidiram cruzar os braços   Foto: Divulgação

A greve dos peritos médicos federais que atuam nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem ampla adesão da categoria na Baixada Santista e no Vale do Ribeira. A paralisação começou no último dia 30.


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Dos 42 servidores desse setor que atuam nas unidades de Cubatão, Guarujá, Registro, Santos e São Vicente, três ou quatro estão afastados por motivos de doença e somente um optou por não cruzar os braços, segundo Ana Luiza Serra Moura Correia, representante regional da Associação Nacional dos Peritos Médicos (ANPM).


A categoria alega intransigência do Governo Federal em negociar a recomposição salarial pedida pelos servidores, de 19,99%.


“Nosso poder de compra diminuiu muito, e estamos com vencimentos estagnados há cinco anos. Esse é o ponto principal das nossas reivindicações”, afirmou.


Ana Luiza explicou que a categoria, que é uma carreira à parte da autarquia desde 2019, também apresentou outras demandas, como a realização de novos concursos públicos e a revisão do programa de gestão de metas para que haja melhor gestão da fila de atendimentos e processos.


A ANPM solicita, ainda, a revisão na carreira dos servidores, que são contrários à adoção da teleperícia. Segundo a representante da entidade, esse tipo de atendimento a distância é proibido por lei.


Os servidores do INSS estão em greve há mais tempo, desde o último dia 23. Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência no Estado de São Paulo (Sinssp), Idel Profeta Ribeira, o represamento de tarefas está na ordem de até 20%.


“Temos colegas paralisados na agência de São Vicente. Como as reuniões de negociação não estão tendo avanços, há uma tendência de haver um aumento dos profissionais em paralisações”, frisou.


Sem resposta

A Tribuna mandou questões ao INSS para saber os impactos dessa paralisação dos servidores e dos peritos médicos federais, mas não obteve respostas até o fechamento desta edição.


A autarquia se limitou a informar que os segurados que não foram atendidos pela perícia deverão fazer a remarcação das consultas pelo aplicativo Meu INSS.


Apesar do reagendamento, ela considerará a data originalmente marcada com a data de entrada do requerimento, a fim de evitar prejuízo financeiro aos cidadãos.


Dúvidas podem ser sanadas pelo telefone 135, de segunda-feira a sábado, das 7 às 22 horas.


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