Governo pode anunciar lockdown na Baixada Santista nesta quarta-feira e impor novas restrições
Média móvel de mortes segue subindo e hospitais podem colapsar em até duas semanas
Atualizado em 17/03/21 - 12:43
O governador João Doria pode anunciar lockdown em novas regiões do Estado de São Paulo, inclusive na Baixada Santista, em coletiva nesta quarta-feira (17). A medida seria tomada apenas dois dias após o início da fase emergencial na região, criada para conter o rápido contágio do coronavírus e evitar a sobrecarga de hospitais. Durante o lockdown, as regras impostas são ainda mais rígidas. Supermercados, padarias e outras atividades podem funcionar apenas por meio de delivery.
Na Baixada Santista, hospitais de várias cidades já se encontram lotados ou próximos de um colapso total. Em Santos, existem hospitais sem leitos ou próximos de 80% de ocupação. No litoral sul, há pacientes aguardando transferência de hospitais e leitos próximos a 90%. Guarujá e Cubatão já estão com UTIs lotadas aguardando abertura de novos leitos. De acordo com informações da GloboNews, é praticamente certo que novas regiões tenham as regras de isolamento ainda mais endurecidas.
Na manhã desta segunda (17), a cidade de Ribeirão Preto anunciou que o isolamento total do município terá início hoje mesmo. Outras 12 cidades do interior de São Paulo também anunciaram fechamento total da cidade. São elas: São José do Rio Preto, Bady Bassit, Sales, Ibirá, Nova Aliança, Nova Granada, Palestina, Mira Estrela, Icém, Guapiaçu, Monte Aprazível e Jales.
Em São José do Rio Preto, medida foi tomada depois de uma reunião emergencial no último domingo (14).
Segundo dados do Governo do Estado de São Paulo, 63 cidades possuem 100% de ocupação nos leitos de UTI. O número de pacientes internados no estado é de 24.992, o maior desde o início da pandemia. Nas últimas 24h, 679 pessoas morreram no estado.
Já na Baixada Santista, a média móvel de óbitos subiu 36,36% em uma semana. De segunda (15) para terça (16), 25 pessoas faleceram por complicações do coronavírus. Apesar disso, Santos, a maior cidade da região, ainda possui leitos de UTI disponíveis e uma situação mais 'favorável' com relação aos municípios vizinhos.