Flexibilização da fase de transição na Baixada Santista é vista como tímida por comércio e serviços

Estabelecimentos poderão funcionar das 6h às 20h a partir de sábado (1)

Por: Matheus Müller  -  30/04/21  -  17:19
   Horário de fechamento de shoppings e restaurantes gera críticas
Horário de fechamento de shoppings e restaurantes gera críticas   Foto: Alexsander Ferraz/AT

O comércio e setor de serviços ainda consideram tímidas as novas flexibilizações de horários da fase de transição do Plano SP que, na última quarta-feira (28), foi mantido e ampliado pelo Governo de São Paulo até 9 de maio. Segundo eles, a restrição de funcionamento até 20h prejudica estabelecimentos que têm mais movimento à noite.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


Entre os exemplos dados pelos representantes das categorias, estão restaurantes japoneses e pizzarias, assim como os shoppings. A mudança promovida pelo Estado permitirá que as atividades sejam realizadas das 6h às 20h a partir de sábado (1). O toque de recolher foi mantido entre 20h e 5h.


Atualmente, o horário permitido é das 11h às 19h. Ademias e atividades na praia estão autorizadas das 7h às 11h e das 16h às 20h.


“Frustrou um pouquinho. Achei muito tímida a medida do governador (João Doria, PSDB). Penso que a Região já poderia ter ido para a fase laranja, tem números para isso. Tem caído o número de mortes, de internações, de casos e de ocupação de leitos”, disse o presidente do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista (Sincomércio), Omar Abdul Assaf.


O sindicalista entende que Doria está insistindo em “tons de vermelho” (se refere às fases emergencial e de transição). Portanto, a flexibilização para alguns segmentos, como shoppings, teria que ser diferente. “Talvez, (abrir às) 6h não interessasse para ele, mas ficar aberto até as 22h”.


De toda forma, Assaf reconhece que a oportunidade de manter as portas por mais tempo abertas “é um alento”. “A gente espera que não haja mais retrocesso, porque para algumas empresas as sequelas que ficaram no comércio são incuráveis, irremediáveis”.


O presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SinHoRes), Heitor Gozalez, observa a flexibilização da mesma forma que Assaf. Ele entende que o Estado deveria liberar a abertura dos estabelecimentos durante determinado horário e, a partir daí, caberia ao empresário definir como vai proceder.


“Ele (Doria) diz que os restaurantes agora podem abrir 14 horas, mas nenhum funciona às 6h, 8h ou às 10h, quando muito às 11h. Para uma lanchonete que queira abrir às 6h ou 7h, tudo bem, vai ajudar, mas o grande problema é que os restaurantes funcionam normalmente do meio-dia à meia noite”, aponta o presidente do SinHoRes.


Fluxo


Gonzalez informa que o movimento dos restaurantes só começou a melhorar depois do dia 24, embora a Baixada Santista tenha antecipado o decreto do Governo de São Paulo e autorizado a abertura dos estabelecimentos em 18 de abril. Para ele, houve confusão na informação. “Foi um alento, mas quase insignificante (o fluxo)”.


O presidente do Sincomércio também ainda sente as vendas muito tímidas. “Estamos entrando na segunda semana de abertura e o movimento não está a contento. A expectativa de alguns setores, agora, é para o Dia das Mães”. Assaf aposta em um movimento melhor com a liberação do auxílio emergencial e a antecipação do 13ª aos aposentados e pensionistas.


Logo A Tribuna