Fase emergencial entra em vigor na Baixada Santista nesta segunda-feira

Confira as restrições, calendário, toque de recolher e todas as regras impostas pelo Governo de SP. Objetivo é tentar conter o colapso do sistema de saúde e estancar a alta de mortes

Por: Maurício Martins  -  15/03/21  -  09:08
Praias de Santos foram cercadas já no último sábado
Praias de Santos foram cercadas já no último sábado   Foto: Matheus Tagé/AT

Começou nesta segunda-feira (15) a maior restrição imposta às atividadesque propiciam a circulaçãoe aglomeração depessoas desde o início da pandemia no Estado. Na tentativa de controlar a altatransmissãodocoronavírus,que resulta em hospitais lotados e aumento das mortes,entrou em vigor o decreto do governador João Doria (PSDB) restringindo atividades econômicas, de lazer ou esportivas.


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A fase emergencial vale, inicialmente, até o final de março. Está proibido o uso de parques e praias– e algumas das cidades da Baixada Santista já fecharam o acesso à areia no último sábado.Foio caso de Santos, que instalou cercas e gradis. Por enquanto, o calçadão ficará liberado para caminhadas e corridas individuais, com uso de máscara e fiscalização rigorosa, segundo a Prefeitura.


>> Toque de recolher, restrições e calendário: Confira as regras da fase emergencial no estado


As escolas municipais e estaduais ficarão fechadas nos próximos 15 dias, só abrirão para distribuição de alimentaçãoe cestas básicas, de acordo com o cronograma de cada município. No caso do Estado, o secretário estadual de Educação,RossieliSoares,antecipou os recessos dos professores, que seriamemabril e outubro, para as duas próximas semanas. Emrelação às redesmunicipais,podem funcionar com o limite de35%, mas asprefeituras decidiram suspender as aulas.


Na rede privada algumas escolas anunciaram a suspensão presencial, outras não. Elas também são autorizadas a seguir com 35%.Emnota,oSindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo (Sieeesp)disse que as escolas particulares do Estado farão “todo o esforço esacrifício”paraseguirrecebendoosalunos.


Igrejas e templos estão proibidos de celebrações coletivas, como missas.Em comunicado assinado pelo bispo dom TarcísioScaramussa, a Diocese de Santos informou que, durante os 15 dias de vigência da fase emergencial do Plano São Paulo,tambémnão ocorrerão batismos, crismas e casamentos nas igrejas daBaixada Santista.Enão haverá atendimentos na secretaria das paróquias e na Cúria.


Restaurantes e bares só poderão atender por deliveryou drivethru(passando com veículo para retirada). As pessoas não podem ser recebidas dentro desses estabelecimentos sob pena de multas.


Escritórios e setores administrativospúblicos ou privados deverão manter os trabalhadores em home office.Além disso, há toque de recolher todos os dias entre 20 e 5 horas. A orientação é para que todos estejam em caso nesse período e só saiam em caso de necessidade extrema.Guardas municipais e policiais militares poderão abordar e questionar os motivos das pessoas estarem na rua à noite, como uma forma de desmotivar a circulação.


OEstado aindarecomendou um escalonamento no horário de trabalho de três setores para evitar aglomerações em pontos de ônibus: profissionais da indústria (5h às 7h), serviçosessenciais(das 7h às 9h)e comércioessencial(das 9h às 11h).


Em sua justificativa para as restrições, Doriaressaltou que “essa nova cepa do vírus é muito agressiva” e alertou quesócommedidas restritivas é que os números de infectados e mortes poderão diminuir. “É a forma para evitar que todas as famílias sejamdevastadas”.


Já estavam


Outras atividadesnão essenciaispermanecem fechadas, como já estavam nos dias anteriores por causa da fase vermelha.Isso quer dizer todo o setor decomércio e serviços não pode funcionar – nem ter qualquer funcionário dentro, mesmo com portas fechadas.


Os estabelecimentos considerados essenciais, como supermercados, farmácias e postos de combustíveis,serão mantidos com horários de funcionamento habituais.


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