Ex-prefeitos da Baixada Santista falam sobre expectativa para eleições de 2022

Paulo Alexandre Barbosa, Alberto Mourão e Marco Aurélio mostram inclinação para candidatura. Pedro Gouvêa não disputará

Por: Bruno Gutierrez  -  12/07/21  -  14:50
Atualizado em 12/07/21 - 14:59
    Pedro Gouvêa, Paulo Alexandre Barbosa, Marco Aurélio Gomes e Alberto Mourão: apenas o vicentino não deve se candidatar
Pedro Gouvêa, Paulo Alexandre Barbosa, Marco Aurélio Gomes e Alberto Mourão: apenas o vicentino não deve se candidatar   Foto: AT

Após um semestre longe das prefeituras na Baixada Santista, ex-chefe dos Executivos municipais já iniciam movimentos de olho nas eleições de 2022. Tudo ainda está em um estágio inicial, mas três dos quatro ex-prefeitos da região mostram uma inclinação a entrar na disputa do próximo ano.


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Após oito anos à frente da prefeitura de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) atualmente se dedica ao Comunitas. "Estou trabalhando na formação de prefeitos, apoio às cidades do Brasil no que se refere a melhoria da qualidade da gestão pública. Hoje estou trabalhando no Comunitas, com esse foco, com esse direcionamento. Tem sido uma experiência muito rica. Uma oportunidade de poder compartilhar a experiência que desenvolvemos em Santos neste oito anos e também aprendendo com a realidade do Brasil", explicou Barbosa.


Sobre as eleições, Paulo Alexandre entende que este é um momento de observação do cenário e de diálogo. Ele disse que tem buscado ouvir as pessoas para, dentro de uma construção coletiva, decidir o que fazer em 2022. No entanto, o ex-prefeito destacou que colocará o nome à disposição caso seja um desejo da população.


"Ao longo desses anos tive oportunidades importantes. Experiências em funções relevantes, especialmente nos últimos oito anos. Nos últimos 20 anos aprendi bastante. Me sinto muito preparado para contribuir com a população da nossa região. Se esse for o desejo da população, vou colocar o meu nome à disposição, sim", completou.


Mourão em "pré-organização"


Alberto Mourão (PSDB) tem, ao todo, 20 anos como prefeito de Praia Grande. Após a terceira passagem pelo Executivo municipal, ele aproveitou o primeiro semestre para cuidar da saúde. Além disso, a esposa acabou sendo contaminada pelo coronavírus, chegando a ficar 30 dias internada, sendo 14 na UTI. Agora, o ex-prefeito explicou que está em um período de reflexão e "pré-organização".


"Tirei o primeiro semestre para descansar um pouco, organizar a minha vida. São tantos anos de vida pública. Você só pode se credenciar a alguma coisa se você tem algo a apresentar. Eu acho que organizar isso é fundamental para fazer uma apresentação. As pessoas da cidade, da região, me conhecem. Mas quando você disputa uma campanha para cargo estadual ou federal, você estará falando com pessoas de fora, com temas que também tem atingir a elas. Uma espécie de pré-planejamento de pensar um pouco de Brasil, um pouco de estado e um pouco de região", comentou.


Dentro dos bastidores da política regional existe uma especulação de uma possível saída de Mourão do PSDB. O ex-prefeito ressaltou que quer sentir a movimentação dentro do partido. Caso ele veja posições que não o agrade, ele não descarta a mudança de legenda. Ele se coloca como candidato, apesar de destacar que está tudo ainda no início.


"Estou me colocando à disposição. Essa coisa vai acontecer de forma gradativa. A movimentação das lideranças ainda está muito crua. Depende ainda de fatores muito grandes na política. Para onde eles vão se movimentar, com quem vão se movimentar para que você possa ser opção para um cargo maior ou opção para o Legislativo. Vai depender muito dessa movimentação. Você não é candidato de si, você é candidato de uma situação, de um grupo", analisou.


Soldado do partido


Marco Aurélio Gomes (PSDB) segue engajado na política desde a saída da prefeitura de Itanhaém. Pouco depois de sair do Executivo, ele assumiu a coordenadoria-geral do Programa Vale do Futuro, ação do governo de São Paulo que visa o desenvolvimento do Vale do Ribeira.


"Destaco a aproximação do Governo do Estado com a região, que tem no programa um ponto de apoio para as demandas das cidades. Hoje, o Vale do Futuro possui em sua carteira de ações 75 projetos em andamento, sendo 24 no eixo emprego e renda, 23 em qualidade de vida, 17 na infraestrutura e sustentabilidade e outros 11 em gestão e governança. Até 2022, estão previstos investimentos de cerca de R$ 2 bilhões", destacou Gomes.


Sobre a possibilidade de se candidatar em 2022, Marco Aurélio ressaltou ser um "soldado do partido" e que trabalha para que o PSDB prossiga com o trabalho desempenhado em São Paulo e busque retomar o proagonismo no cenário político nacional. Ele ainda avalia a possibilidade de uma candidatura. "Ainda avaliando. Estou empenhado para desempenhar bem minha função no Estado, mas politicamente tenho trabalhado muito pela conscientização sobre a necessidade do fortalecimento da representação regional", disse.


Pedro Gouvêa fora da disputa


Após quatro anos à frente da prefeitura de São Vicente, Pedro Gouvêa (MDB) destacou que passa por um momento de reorganização e reflexão. Segundo ele, o foco neste momento é fortalecer as campanhas de Marcio França (PSB) e Caio França (PSB) para o governo do estado e Assembleia Legislativa, respectivamente.


"Tenho me dedicado a isso. Tenho estado bastante focado nessa organização. Até mesmo, na montagem de uma chapa para deputado estadual, deputado federal dentro de um grupo de apoio à candidatura do Marcio ao governo do Estado. Neste momento, não tenho pensado em outra campanha que não a campanha do ano que vem para o governo do estado e para deputado", disse.


Já em relação a possibilidade de se candidatar a um cargo, Pedro relevou que recebeu sondagens mas que está decidido a não colocar o nome à disposição para 2022. "Eu não serei candidato. Não tenho nenhuma intenção. Recebi alguns convites, mas não me sinto, neste momento, entusiasmado ou motivado para disputar uma eleição. A eleição de 2022 está muito distante. Obviamente que, para pensarmos nela, precisamos passar por esse processo todo de organização. Isso que nós estamos fazendo. Ajudando esse grupo do Marcio e do Caio França. Não penso em disputar uma eleição neste momento", finalizou.


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