Emprego piora na Baixada Santista em março; 931 postos foram fechados

Enquanto fevereiro havia sido o melhor em cinco anos, março teve resultado inferior ao do mesmo mês de 2018

Por: Sheila Almeida & Da Redação &  -  26/04/19  -  01:01
Emprego piora na Baixada Santista em março; 931 postos foram fechados
Emprego piora na Baixada Santista em março; 931 postos foram fechados   Foto: Rogério Soares/AT

Após ter registrado o melhor fevereiro dos últimos cinco anos em geração de empregos com carteira assinada, a Baixada Santista fechou 931 postos de trabalho formais em março. Das nove cidades, só Cubatão passou ilesa, com 418 vagas criadas. O resultado foi pior que o de março de 2018, quando o saldo havia sido positivo – nove.


Com os números mais recentes, a região acumula resultado negativo no ano, com 1.089 empregos fechados. No país, apesar dos números desfavoráveis de março (43.196 vagas a menos), o trimestre fechou no azul (179.543 a mais).


Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Ministério da Economia.


Os municípios da região que mais puxaram o corte em março foram Guarujá, Bertioga e Santos. Em fevereiro, o saldo local havia sido positivo, com 741 postos abertos – a exemplo do nacional, que havia sido o melhor desde 2014, com alta de 176.139 empregos.


Com base nas estatísticas referentes à Baixada Santista, Andréa Marques, diretora de RH da Espaço Santista Recursos Humanos, considera que Guarujá, Bertioga e Santos, por serem fortes no turismo durante a temporada de verão por ter praias, sejam afetadas negativamente.


“São as cidades que mais recebem turistas no verão. Já trabalhei com vagas em empresas de Bertioga, e até fevereiro tem contratações. Depois, esfriam”, explica.


Roberta Trigo, sócia-diretora da Trigo RH, comenta que, nos períodos em que as cidades estão mais cheias, é preciso contratar funcionários para mercados, em hotéis e para a prestação de serviços. Mas as admissões só aqueceram no meio de dezembro.


De acordo com Roberta, as contratações temporárias por três meses, previstas em lei específica, ocorrem, sobretudo, de dezembro e fevereiro na região.


Setores


Na Baixada, a função com pior resultado em março foi a de operador de telemarketing ativo e receptivo, com saldo negativo de 248 vagas. Roberta Trigo relata que empresas da região têm perdido mercado para outros estados, em especial do Nordeste.


Em Cubatão, única da região a ter encerrado o mês passado com alta de empregos, chamam a atenção as admissões para o posto de caldeireiro: saldo positivo de 102 vagas, resultante da diferença de 120 contratados e 18 desligados. A seguir, aparece o cargo de eletricista de manutenção eletroeletrônica, com 46 admissões e três desligamentos.


As duas profissões têm a ver com a reativação da caldeiraria da Usiminas. Por isso, especialistas esperam para breve maior número de vagas no Polo Industrial.


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