Em Santos, presidente da Fundação Casa explica núcleo de pós-internação criado pelo estado

Objetivo é cuidar do encaminhamento dos internos que ganham a liberdade e precisam ser inseridos no mercado de trabalho

Por: Arminda Augusto  -  31/07/22  -  12:33
Atualizado em 31/07/22 - 22:18
Medidas adotadas para os 116 centros da fundação no Estado incluem compra de tablets para as aulas
Medidas adotadas para os 116 centros da fundação no Estado incluem compra de tablets para as aulas   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

A Secretaria de Estado da Justiça criou um núcleo, dentro da Fundação Casa, para cuidar do encaminhamento dos jovens internos que ganham a liberdade e precisam ser encaminhados para o mercado de trabalho. Vinte e seis convênios com prefeituras paulistas já foram firmados para oferecer vagas a esses adolescentes, e a ideia é ampliar essas parcerias com todas as demais cidades.


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Segundo o secretário Fernando José da Costa, que também é presidente da Fundação Casa, a criação desse núcleo se deu em substituição ao contrato que havia sido firmado no final do ano passado, entre o Estado e a organização Rede Cidadã, que tinha como meta atingir quase 15 mil jovens egressos das medidas de internação e semi-internação da fundação.


Fernando José da Costa: “Desafio é garantir emprego aos jovens”
Fernando José da Costa: “Desafio é garantir emprego aos jovens”   Foto: Arminda Augusto/AT

A pouca efetividade do convênio fez o contrato ser rescindido e a própria fundação assumir essa função. “Não é uma tarefa do Estado encaminhar esses jovens para o mercado de trabalho após as medidas socioeducativas, mas entendemos que garantir a empregabilidade é a melhor forma de reinserção social e estímulo para que não voltem a cometer atos infracionais”, diz o secretário.


Outras medidas foram adotadas pela Secretaria de Justiça para os 116 centros da fundação no Estado (seis na Baixada Santista), como compra de tablets para as aulas, aparelhos de TV com sinal a cabo e reforma das unidades e quadras esportivas. Além disso, um circuito com 1.750 câmeras foi implantado para monitorar as unidades em tempo real, conectando-as a um centro de operações.


Para o secretário, o principal desafio ainda é encontrar vagas de trabalho para os jovens que deixam a internação. “Precisamos vencer o preconceito e o medo que alguns empregadores têm. São jovens que precisam de uma oportunidade e recebem capacitação e estudo enquanto estão internados”.


Costa esteve na região na sexta-feira, participando de ações do programa Cidadania Itinerante, que leva serviços como 2ª via de documentos, atestados e orientações à população.


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