Donos de bares do litoral de SP acreditam em recuperação com capacidade e horário estendidos; VÍDEO

Reportagem de A Tribuna foi até locais movimentados do ramo e conversou com profissionais

Por: Thiago D'Almeida  -  21/05/21  -  08:30
  Proprietários e funcionários de bares e restaurantes na Baixada Santista celebram ampliação de horário de funcionamento
Proprietários e funcionários de bares e restaurantes na Baixada Santista celebram ampliação de horário de funcionamento   Foto: Thiago D'Almeida/AT

Proprietários de bares e restaurantes da Baixada Santista estão animados com a ampliação do horário de funcionamento para 22h a partir do dia 1° de junho. A equipe de A Tribuna foi até a Rua Doutor Tolentino Filgueiras, em Santos, e a Avenida Marechal Mallet, em Praia Grande, para conversar com profissionais do ramo, que têm “boas expectativas” com as mudanças na rotina de trabalho. Confira na videorreportagem abaixo.


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O Governo de São Paulo anunciou na última quarta-feira (19) a ampliação do horário para o comércio e, além disso, a recomendação de capacidade máxima dos estabelecimentos vai ser ampliada para 40% a partir do próximo dia 24 e para 60% também no primeiro dia do mês de junho.


Gabriela Marin, que é proprietária de um restaurante de comida contemporânea brasileira na ‘Rua Tolentino’, vê a mudança com bons olhos.


“Expectativas são boas! Já esperamos por isso há muito tempo”, comemora a mulher, que também ressalta os ‘altos e baixos’ vividos por comerciantes no período de pandemia. “Na verdade, quando 2020 acabou, já imaginávamos que 2021 seria diferente, mas não aconteceu. Então, esperamos realmente essa melhora no movimento e faturamento. Queremos que esse ‘novo normal’ realmente venha o mais rápido possível”.


De acordo com Gabriela, o aumento de 21h para 22h no horário de funcionamento será importante para as finanças dos estabelecimentos comerciais. “Ajuda muito. A população santista não tem o mesmo critério do pessoal de São Paulo, por exemplo, que sai do trabalho e vai direto para um ‘happy hour’. Então, a maioria dos clientes já chegam às 20h. Essa flexibilidade dos horários será boa, porque perdemos clientes quando fechamos as portas às 21h”.


  Além da ampliação do horário de funcionamento, Governo de SP definiu que recomendação por capacidade máxima também vai aumentar
Além da ampliação do horário de funcionamento, Governo de SP definiu que recomendação por capacidade máxima também vai aumentar   Foto: Thiago D'Almeida/AT

Por sua vez, ainda na Doutor Tolentino Filgueiras, o gerente de um bar afirmou que perdeu boa parte de seu faturamento por conta do período de fechamentos do comércio, mas conseguiu encontrar uma “luz no fim do túnel” através do investimento no delivery. Para Daniel Simões, que trabalha em uma casa com música à noite, a notícia é mais que bem-vinda.


“Ganhamos mais rotatividade de público. Com esses horários restritivos, com o número de mesas menor, perdemos muita rotatividade de clientes. Fica difícil trabalhar”, desabafa Simões. “A casa tinha [no passado] um bom movimento de pessoas, mas [durante a quarentena] as contas continuam chegando, então atrapalha com o fornecimento de produtos, entre outros fatores. A casa adquiriu muitas dividas por conta disso, mas o delivery nos ajudou muito”.


Na Praia Grande, a Avenida Marechal Mallet se destaca como uma das mais requisitadas no sentido gastronômico. Sobre isso, os proprietários entendem muito bem o tipo de clientela que possuem e os seus costumes.


“A Mallet funciona à noite. E, quando estamos começando a trabalhar, infelizmente precisamos fechar por conta do horário. Isso nos atrapalha muito e precisamos, vez ou outra, pedir para que os clientes vão embora, o que é muito chato”, afirma Karen Coelho, proprietária de um bar no local. “Quanto mais tempo pra gente, melhor”.


Por fim, Eduardo Vinicius de Gennaro, proprietário de um outro estabelecimento do ramo na Mallet, afirmou que a mudança será boa, mas ainda não é a ideal para o seu comércio.


“O ideal era deixar o horário de fechamento até 0h”, diz. “O fato de precisarmos fechar cedo prejudicou um pouco o meu estabelecimento”. De acordo com Gennaro, um dos diferenciais de seu bar é a música ao vivo, mas que também sofreu com as mudanças no decorrer da pandemia. “Com essa regra de horário, parei com a música. Fica ruim na hora de oferecer esse tipo de prestação de serviço para os clientes, uma vez que o pessoal que curte uma música ao vivo, às 21h, sequer saiu de casa”


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