Covid-19: ATribuna.com.br traz dicas a respeito da vacinação para idosos
Confira o guia com respostas para as principais perguntas sobre o assunto
A fim de tirar dúvidas a respeito da vacinação contra a covid-19 para idosos, A Tribuna preparou um guia com respostas para as principais perguntas sobre o assunto.
O assistente doutor da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas de São Paulo, infectologista Evaldo Stanislau, explica que é fundamental que as pessoas se vacinem contra a covid-19, mesmo aquelas que já tiveram a doença.
“Além de termos casos de reinfecção da doença já confirmados, a vacinação é a maneira mais eficiente e segura de prevenção.”
Segundo ele, quem teve infecção por coronavírus tem resposta imunológica, mas não se sabe quanto tempo ela vai durar e qual a qualidade dela.
“Sabemos que a vacina é eficiente e protege contra formas graves da doença com certeza. A imunidade pós-vacinal é certa”, defende Stanislau.
Existe contra indicação para idosos?
Não, não há.
O idoso que tem doenças cardíacas ou que tenha stent ou marca-passo pode tomar a vacina?
Pessoas com comorbidades devem ter mais pressa para tomar a vacina, pois esse fator aumenta a chance de a doença matar.
Idosos gripados ou com imunidade baixa podem ser imunizados?
Toda vez que alguma pessoa tem doença aguda e está febril não deve ser vacinada. E isso vale para qualquer tipo de vacinação. É recomendado que a pessoa controle seu estado de saúde, no período de duas a quatro semanas, para depois tomar a vacina. Eventualmente, dependendo da vacina, pode não se obter a melhor resposta imune, pois o sistema imunológico estará sobrecarregado.
Quem já teve coronavírus deve ser vacinado?
Sim. Quem teve infecção por covid-19 possui resposta imunológica, mas se sabe por quanto tempo e qual a qualidade dela. Por isso, a recomendação é tomar a vacina para que esteja protegido das formas graves.
Pessoas alérgicas correm algum risco com a vacinação?
Alguns componentes podem causar reação, e isso acontece com qualquer vacina. Mas, nesse caso, é algo muito raro de acontecer, pois não foi observado evento colateral alérgico grave.
Qual o objetivo da vacina?
Transformar uma doença letal em uma doença branda. Na dúvida, vacine-se. Essa vacina é muito segura.
Qual a principal vantagem dessa vacina?
É a logística de armazenamento e distribuição, já que a temperatura de conservação exigida é entre 2 e 8°C, média que os freezers disponíveis no Brasil utilizam para outras vacinas.
Quais os efeitos adversos da vacina?
Dor no local da aplicação e dor de cabeça após a primeira dose. Não foram registrados efeitos adversos graves e de interesse especial relacionados à vacinação.
Quem pode tomar a vacina e quantas doses serão necessárias?
Inicialmente, o programa de imunização terá como alvo profissionais da saúde, pessoas com mais de 60 anos, indígenas e quilombolas. Terminada essa primeira fase da campanha, os demais grupos serão vacinados. Crianças e grávidas não entraram nos primeiros testes, mas participarão em breve dos estudos do Instituto Butantan. A segunda dose é aplicada num intervalo de 14 a 28 dias em relação à primeira.
Qual o cenário atual da produção da CoronaVac?
São Paulo já conta com 10,8 milhões de doses, quantidade capaz de garantir estoque para o início da vacinação. Para produzir a primeira vacina brasileira, o Butantan dispõe de com uma fábrica que funcionará com quase 400 técnicos, 24 horas por dia.
O que se sabe sobre a vacina?
Após tomar a vacina, quem contrair o vírus não desenvolverá a doença, mas poderá transmiti-la.
Ela é mesmo eficiente e segura?
Os resultados do estudo da fase 3 mostraram que, nos casos graves e moderados, a eficácia é de 100%. Para os casos leves, 78% e, nos muito leves, 50,38%. Isso significa que há 50,38% menos chances de contrair a doença. Em caso de infecção, há 78% de chance de não se precisa de qualquer atendimento médico e 100% de certeza de que a enfermidade não vai se agravar.