Covid-19 faz número de pedidos de pensão por morte explodir na Baixada Santista
Em cinco meses, já foi solicitado ao INSS o equivalente a 69,1% dos pedidos de 2020 na região
![Em cinco meses, já foram solicitados ao INSS 4.043 benefícios](http://atribuna.inf.br/storage/Cidades/Geral/img1024746411649.webp)
“Isso mostra o impacto da pandemia no sistema de seguridade que envolve saúde, tratamento feito pelo SUS, e depois Previdência, com a pensão para os dependentes”, diz o advogado Cleiton Leal Dias Júnior.
A advogada Maria Faiock também concorda. “Certamente, os casos de óbitos devido à covid- 19 aumentaram os pedidos de pensão por morte junto ao INSS”.
Se a comparação for feita levando-se em conta apenas os cinco primeiros meses do ano e igual período de 2020, as solicitações praticamente triplicaram.
O meses de fevereiro e maio de 2021 foram os mais dramáticos na região, com 908 e 1.335 pedidos feitos ao INSS, respectivamente. Em 2020, ocorreram 461 e 194 solicitações, respectivamente.
“Esse crescimento impacta até na economia do País porque o valor do benefício é menor do que o segurado recebia como aposentado ou do trabalhador que estivesse na ativa”, destaca o diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira.
Na falta dos dependentes diretos, os pais podem ter direito ao benefício. “Desde que comprovada a dependência econômica”, acrescenta a especialista.
A advogada Karla Pazetti Duarte explica ainda que quem faz o pedido dentro de um prazo de 90 dias recebe o benefício desde a data do falecimento do segurado do INSS. “Quem pedir depois, recebe o benefício desde a data do requerimento do benefício. E um problema grande são as pessoas que não são oficialmente casadas, porque têm que fazer a prova da união estável”.