Coronavírus: Unidades de saúde da Baixada Santista têm movimento pequeno

Prefeituras informam que equipamentos se prepararam para os atendimentos necessários

Por: Da Redação  -  20/03/20  -  18:05
Reclamações envolvem a limpeza do prédio e infiltrações nas paredes
Reclamações envolvem a limpeza do prédio e infiltrações nas paredes   Foto: Alberto Marques

Mesmo com o aumento dos casos suspeitos de coronavírus na Baixada Santista, a procura nos prontos-socorros e unidades de saúde tem se mantido estável, o que pode demonstrar, na avaliação de especialistas, que a população está com medo ou seguindo as orientações do setor de saúde. Já as prefeituras informam que as unidades se prepararam para os atendimentos necessários. 


Em Praia Grande, por exemplo, nas unidades de Urgência e Emergência há salas específicas para pessoas com síndrome gripal, reduzindo a circulação delas nesses locais.


Em Cubatão, a Prefeitura diz que os números se mantiveram praticamente sem variação este mês. Na UPA Central, em Santos, até quarta-feira (18), 1.128 pessoas estiveram na unidade com problemas respiratórios. Em fevereiro, foram 1.607. Ontem de manhã o movimento era considerado bem pequeno. 


Gripe


A técnica de enfermagem Solange Mariana Vidal, 55 anos, foi uma das pacientes a buscar atendimento médico, porque apresentava sinais de gripe.


“Estou com febre alta, dor de cabeça e na garganta, tosse, enfim todos os sintomas do coronavírus e trabalho em um hospital. Fiquei preocupada, mas não me pediram para fazer o teste”.


A auxiliar de limpeza Luciene Batista da silva, 44 anos, acompanhava o marido na unidade. Ele também reclamava de gripe forte. “Ele foi afastado do trabalho por cinco dias. A gente fica preocupada, porque tem criança em casa”.


Nas demais cidades também não foram registradas alterações na busca por atendimento.


“A pessoa que estiver respirando com dificuldade, com fôlego curto. Essa tem que procurar o pronto-atendimento e também quem tem febre alta, que não baixa. Já a pessoa que se sentir gripada, que tenha mais idade e doença crônica, deve procurar a unidade básica de saúde”, avisa o infectologista Evaldo Stanislau.


Mas a atenção tem de ser redobrada, porque a expectativa dos médicos é que o número de casos suba nas próximas semanas. “Todos os cálculos matemáticos mostram que estamos numa evolução exponencial e que o número de pacientes está aumentando mais rápido que na Itália. São estimativas, mas temos visto muitas pessoas com sintomas”, conclui o professor-titular de Infectologia do curso de Medicina da Unimes, Roberto Focaccia. 


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