Com boas memórias de Santos, argentinos deixam o litoral de SP rumo ao Alasca a bordo de um furgão

Casal e os três filhos abandonaram a vida corrida na terra natal em busca de aventuras e conhecimento

Por: Carolina Faccioli  -  23/04/22  -  07:58
Flavia Renno, 36 anos, professora: “O importante é a viagem, não o destino final”
Flavia Renno, 36 anos, professora: “O importante é a viagem, não o destino final”   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Com roupas, artesanato e desejo de experiências na bagagem, uma família argentina viaja ao Alasca, nos Estados Unidos, em um furgão Mercedes-Benz MB 180 D adaptado. Eles pararam em Santos, de onde devem partir neste sábado (23), e da qual já dizem ter boas memórias.


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A professora Flavia Renno, de 36 anos, iniciou a aventura acompanhada do marido Maxi Levato, de 46 anos, e dos filhos Valentin, de 14 anos, Santino, de 12, e Agatha, de 6. Eles esperam percorrer 14 mil quilômetros durante o trajeto, iniciado em Buenos Aires, capital da Argentina, em 28 de março do ano passado.


Origem
Flavia conta que a ideia de viajar começou com o cansaço da rotina, pois ela e o marido tinham longas jornadas diárias. Por isso, eles decidiram buscar outro estilo de vida. Para que o projeto virasse realidade, venderam o carro para comprar o furgão e fizeram adaptações nele, para que tivesse banheiro, cozinha e camas.


Segundo a professora, o objetivo da viagem é levar um cenário diferente para a vida dos filhos, que, enquanto viajam, estudam de forma remota. “Quero que as crianças abram a cabeça, descubram culturas, idiomas e gastronomia dos países, para ter um futuro melhor, com a cabeça mais aberta.”


Rota
Em Santos, Flávia conta que a família se sentiu muito bem-vinda e que todos ficaram muito felizes de estar aqui. “Meu marido e eu falamos que Santos e Peruíbe foram os lugares de que mais desfrutamos no Brasil”, comenta.


Para conseguir dinheiro durante o percurso, eles têm vendido incenso e pulseiras artesanais a cada parada, além de contar com doações.


Após o fim da aventura, a família não tem certeza de para onde vai, mas Flavia deseja continuar viajando e desbravando países. “O importante é a viagem, não o destino final”, diz a professora.


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