Com atraso, começam as obras de reforma na Rodoviária de Santos
Prefeitura promete entregar o equipamento público totalmente remodelado e climatizado até o final de agosto; custo de R$ 10 milhões será bancado pela iniciativa privada
Com atraso de mais de dois meses, começaram no último dia 1º as obras de reforma da Rodoviária de Santos. A readequação, anunciada pela prefeitura em 30 de dezembro passado, tinha início previsto para janeiro e término em julho, mas de acordo com a Progresso e Desenvolvimento de Santos (Prodesan), a entrega acontecerá até o final de agosto.
“O prazo final sempre foi agosto. No final do ano, o prefeito disse que a obra começaria em janeiro, mas houve uma tramitação interna na empresa que vai bancar o serviço para a contratação da empreiteira. Isso atrasou o início”, justificou o presidente da Prodesan, Antonio Carlos Silva Gonçalves.
Na primeira fase dos trabalhos, que envolvem 50 funcionários da Solovia Engenharia Construções Ltda, os boxes de venda de passagens e de lanchonetes estão sendo demolidos. A estrutura dos banheiros também será demolida, dando lugar a sanitários ampliados, com acessibilidade, fraldário e uma sala para atendimento médico.
Como a rodoviária será fechada com vidros, o projeto inclui a passagem de cabos e dutos para fazer a climatização do espaço. Com o novo formato, o equipamento público passará a ter uma entrada única, pela frente, onde será instalado um posto fixo da Guarda Municipal.
Segundo Gonçalves, a reforma será a maior já executada na rodoviária desde a sua inauguração, em 29 de dezembro de 1969. “Vão ser mantidas a cobertura, as vigas e os pilares, o resto muda totalmente”, garante.
Além das obras internas, que preveem novos boxes e guichês e área de espera especial para os passageiros que vão embarcar em viagens interestaduais, o pátio externo para manobra dos ônibus também será reformado.
A diminuição do movimento no terminal com as medidas restritivas de contenção ao novo coronavírus pode ajudar na aceleração das obras, segundo o presidente da Prodesan. Antes, a rodoviária recebia 4.500 passageiros diariamente, mas com a quarentena, o número de passageiros foi reduzido a 500 por dia.
Custo de R$ 10 milhões
A reforma da rodoviária vai custar cerca de R$ 10 milhões e será custeada pela empresa Elevações Portuárias Ltda, do grupo Cosan, através de um Termo de Responsabilidade de Implantação de Medidas Mitigadoras e/ou Compensatórias (Trimmc) assinado com a prefeitura.
De acordo com o secretário adjunto de Portos, Indústria e Comércio, Vitor de Rosis, o termo foi firmado como medida compensatória depois da “conclusão de uma análise da Comissão Municipal de Análise de Impacto de Vizinhança”, baseada na lei 793/2013, que trata da regularização de empreendimentos na cidade.