Cidades da Baixada Santista suspendem aulas presenciais na rede privada a partir desta terça

Além de Santos, outros três municípios também determinaram a suspensão do ensino presencial; determinação vai além do preconizado pelo Estado

Por: Tatiane Calixto  -  16/03/21  -  10:16
Suspensão começa a partir desta terça-feira (16)
Suspensão começa a partir desta terça-feira (16)   Foto: Matheus Tagé/AT

A partir desta terça-feira (16), estão suspensas as aulas presenciais de escolas da rede privada, desde o Ensino Infantil até o Médio, incluindo unidades de cursos profissionalizantes, em Santos. Os municípios de Peruíbe, Bertioga e Itanhaém também determinaram a suspensão das atividades presenciais nos colégios particulares. As cidades não aguardaram uma definição conjunta do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) que, depois de definir que não deve haver aulas presenciais nas redes municipais das nove cidades, ficou de avaliar a situação das particulares.


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Já a rede estadual antecipou os recessos escolares de abril e outubro, mas pelo Plano São Paulo, apenas recomendou que as demais redes fizessem o mesmo. Assim, nas cidades em que o município não determinou a suspensão da rede particular, fica a critério da escola privada abrir com até 35% do público.


Em Guarujá e Mongaguá, as prefeituras estão orientando as unidades a antecipar o recesso ou suspender as atividades presenciais. São Vicente informou que as particulares devem seguir as regras do Estado. Cubatão afirmou que os colégios particulares são supervisionados pelo Estado e Praia Grande – que antecipou o recesso na rede municipal – não respondeu sobre as particulares.


“Com resultado da nossa reunião de mantenedores, ficou combinado que a melhor saída é cumprir o decreto do prefeito de Santos nesses próximos dias. Paralelamente, estaremos em conversa com a Prefeitura com o objetivo de encontrarmos uma saída, principalmente, para a Educação Infantil”, afirma o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino Básico de Santos e Região (Sinepe Santos), José Camelo.


Nas cidades em que os prefeitos decidirem pela manutenção das escolas abertas, Camelo explica que as unidades vão seguir as regras do Estado para atender, preferencialmente, as famílias que não têm onde deixar os filhos.


Atual cenário


Ontem, Walter Alves, presidente do Sinpro Santos, entidade que representa professores de entidades particulares da região, conta que passou o dia orientando as escolas. Alves explica que, apesar do TJ-SP ter suspendido liminar que proibia aulas presenciais nas fases vermelha e laranja em São Paulo e que vetava também a convocação de professores e funcionários, ainda existe uma sentença favorável à não convocação de docentes nestas fases mais críticas.


“O que o Estado conseguiu foi cassar uma liminar de outra ação, do deputado Carlos Giannazi (PSOL) (veja ao lado). A sentença continua e cabe recursos em outras instâncias. Estamos informando as escolas abertas que elas estão desrespeitando uma sentença que determinou que os professores não podem exercer nenhuma atividade presencial nas fases laranja e vermelha”.


Alves afirma lamentar que, mesmo diante da gravidade da situação, que tem levado prefeitos a fechar as atividades presenciais, algumas escolas decidam permanecer funcionando. “Elas não estão contribuindo em nada para que se possa reverter a situação causada pela pandemia”.


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