Cidades da Baixada Santista querem entrar em consórcio para compra de vacinas contra Covid
Elaborado pela Frente Nacional de Prefeitos, consórcio público prevê compra direta de vacinas pelos estados e municípios
Após Praia Grande confirmar adesão ao consórcio público da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), outras prefeituras da Baixada Santista manifestam interesse em aderir à proposta, que prevê compra de vacinas contra a Covid-19 por parte de estados e municípios, com recursos federais.
Santos assinou um documento na manhã desta sexta-feira (5) em que a prefeitura manifesta interesse em fazer parte do consórcio. O município já aplicou mais de 70 mil doses de vacinas contra o novo coronavírus em profissionais da saúde e idosos acima de 77 anos.
A prefeitura de Guarujá afirma que, nos moldes apresentados pela FNP, está disposta a aderir ao consórcio, visando suplementar as doses enviadas pelo Plano Nacional de Imunização (PNI), do Governo Federal. A administração destaca que a proposta apresenta um modelo de financiamento onde não é preciso gastar recursos da cidade para o ingresso.
Em Cubatão, o documento que manifesta interesse foi assinado nesta semana pelo prefeito Ademário Oliveira. O assunto será discutido em reunião do comitê estratégico de combate à Covid do município.
O prefeito de Itanhaém, Tiago Cervantes, declarou que o município está interessado em participar do consórcio. Haverá uma reunião com os vereadores, pois a medida precisa de permissão do Legislativo para adesão.
A cidade de Bertioga também manifestou interesse no consórcio da FNP. Já o município de Peruíbe enviou documentação para adesão nesta sexta.
Mongaguá disse que vai estudar, juntamente com os demais prefeitos da região, a possibilidade de comprar ou não as doses. A administração afirma que um possível ingresso no consórcio ajudaria no ganho de escala e na condição de negociar volumes e prazo, garantindo mais transparência.
Caminho contrário
São Vicente, por meio da Secretaria de Saúde, disse que vai seguir a orientação do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). A entidade defende que a compra de vacinas deve ser feita de forma centralizada pelo Ministério da Saúde.
No texto, o Conasems afirma que a aquisição de vacinas por outros entes federativos, de forma concorrente com o Governo Federal, traria inequidade, já que daria acesso apenas para a população de cidades com maior poder aquisitivo.