Cidades da Baixada Santista iniciam preparação para vacinar crianças contra a covid-19

Dois municípios já se dizem preparados. Todas as cidades aguardam nota técnica do Estado, além da chegada das doses

Por: Daniel Gois  -  07/01/22  -  09:54
Atualizado em 07/01/22 - 14:37
Municípios da Baixada Santista aguardam informações do Estado sobre vacinação de crianças contra a covid-19
Municípios da Baixada Santista aguardam informações do Estado sobre vacinação de crianças contra a covid-19   Foto: Isabela Carrari/Prefeitura de Santos

As cidades da Baixada Santista aguardam uma nota técnica do Governo do Estado de São Paulo com informações sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19, anunciada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (5). Cubatão e Praia Grande, inclusive, já estão preparadas para iniciar a imunização assim que as doses pediátricas forem disponibilizadas.


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A Prefeitura de Praia Grande afirmou, em nota, que está "totalmente preparada" para começar a vacinação infantil e ressaltou que o município dispõe de 30 Unidades de Saúde da Família (Usafa). A cidade não descartou usar ginásios e escolas como polos de imunização.


Cubatão também já iniciou os preparativos para a vacinação de crianças. São usadas 14 unidades de saúde e postos itinerantes. Segundo o Executivo, a logística e a velocidade das aplicações vai depender da quantidade de doses enviadas pelo Estado.


Outras cidades, como Santos, São Vicente, Guarujá, Bertioga e Mongaguá informaram que aguardam nota técnica do Governo com as orientações sobre a vacinação, enquanto Peruíbe e Itanhaém, ainda estudam as ações que serão tomadas.


Escolas estaduais como polos


Na quarta-feira (5), durante entrevista coletiva, o governador João Doria (PSDB), disse que o Estado vai disponibilizar escolas estaduais como polos de vacinação. "A Secretaria de Educação, em parceria com os municípios, poderá proceder a vacinação de crianças nas escolas públicas estaduais", disse.


A iniciativa, porém, depende dessa parceria citada por Doria. As Prefeituras devem indicar interesse em utilizar as unidades através de um cadastro, que, até o momento, não foi realizado por nenhuma cidade da Baixada Santista.


A Prefeitura de Peruíbe estuda a possibilidade de firmar a parceria. Em nota, a Secretaria de Saúde do município disse que isso acontecerá "caso haja necessidade de ampliação". No momento, o município prevê que imunização ocorrerá apenas em postos de saúde.


Itanhaém informou que as equipes de saúde irão analisar as diretrizes do Plano Estadual de Vacinação para definir a necessidade de uso das unidades de ensino estadual como polos.


Menos vulneráveis


O Ministério da Saúde voltou atrás quanto à exigência de prescrição médica para imunizar as crianças e deixou a imunização a critério dos pais. Segundo o médico infectologista Leonardo Weissmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a vacinação infantil é fundamental para diminuir a propagação da covid-19.


"Esse negacionismo só serve para deixar muitos pais indecisos sobre o que fazer, em um momento que deveriam estar ansiosos para ver a vacina aplicada no braço de seus filhos”, disse o médico.


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